No próximo sábado, dia 26 de abril, é lembrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, doença que atinge um em cada três adultos, segundo a Organização Mundial de Saúde.
A hipertensão arterial é uma doença que pode afetar os indivíduos em diversas faixas etárias, sendo mais frequentes nas idades mais avançadas. Popularmente conhecida como pressão alta, está relacionada com a força que o coração faz para impulsionar o sangue para o corpo todo. Para um indivíduo ser considerado hipertenso, é necessário que, além desta força ser maior, ela permaneça elevada.
Os níveis da pressão são alterados ao longo do dia e da noite conforme a necessidade de sangue no corpo, a força das batidas do coração e a contração dos vasos. No entanto, estas mudanças não significam que uma pessoa possui hipertensão. A doença se revela a partir do momento em que os níveis permanecem elevados em diversos momentos, horários e posições corporais.
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os valores considerados ideais para a pressão arterial são de 120 x 80 mmHG (milímetros de mercúrio). Valores superiores a 140 x 90 mmHG são caracterizados como hipertensão. Em adultos com mais de 18 anos, a doença é considerada grave a partir de 180 x 110 mmHG.
Para o coordenador do Núcleo de Cardiologia do Hospital Samaritano de São Paulo, Roberto Cury, a hipertensão aumenta o risco de ataques cardíacos, derrames e insuficiência renal. Se deixado sem controle, a pressão alta também pode causar cegueira, irregularidades do ritmo cardíaco e insuficiência cardíaca. "O risco de desenvolver estas complicações é maior na presença de outros fatores de risco cardiovasculares, tais como a diabetes", afirma.
No entanto, lembra o especialista, o risco de desenvolvimento de hipertensão arterial pode ser reduzido adotando hábitos, como: diminuir o consumo de sal; ter uma dieta equilibrada; evitar o uso nocivo do álcool; manter uma atividade física regular; manutenção de um peso corporal saudável, e evitar o uso do tabaco. "É fundamental conscientizar os pacientes de que a doença não tem cura, mas pode e precisa ser controlada", analisa.
A hipertensão não apresenta sintomas claramente identificáveis. É isto que a torna perigosa e nociva. Porém, os mais comuns são: dores de cabeça, alterações na visão, tonturas, zumbido no ouvido, sangramento no nariz e palpitações. O acompanhamento médico é fundamental para a identificação da doença e do tratamento adequado.