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Homens são mais hipocondríacos que as mulheres

Redação Bonde
16 dez 2011 às 14:47

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- Divulgação
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Para um hipocondríaco, sinais aparentemente inofensivos se transformam em momentos dramáticos, em que uma dor de cabeça sem precedentes é sinal de um tumor cerebral ou a boca seca é indicação de diabetes. A distorção exagerada dos sintomas leva o indivíduo com hipocondria a acreditar que sempre tem uma doença e acaba buscando atendimento profissional, realizando exames desnecessariamente e ainda faz, usualmente, uso de automedicação. Ainda assim, mesmo que testes médicos indiquem uma saúde perfeita, o portador do transtorno é capaz de contestar o resultado inúmeras vezes.

As estatísticas apontam que 1 a 2% da população brasileira sofre do problema, sendo a excessiva preocupação com a saúde uma doença, pois o sujeito se recusa a aceitar que seu problema pode ser de origem psicológica e não física, segundo o Dr. Luiz Vicente Figueira, psiquiatra e supervisor do Programa de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. Segundo ele, a assiduidade é duas vezes maior entre os homens em relação às mulheres e não há esclarecimento científico que justifique o surgimento da hipocondria.

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Prática comum entre os portadores é a automedicação, ação perigosa que agrava ainda mais o quadro, visto que é contraindicada por qualquer especialista. Por desacreditar do laudo médico, os hipocondríacos resolvem agir por conta própria, compram remédios desnecessários e, muitas vezes, nas habituais visitas à farmácia, discutem com os funcionários do estabelecimento a fim de justificar seu ponto de vista, mesmo que não apresentem nenhuma receita para comprar os medicamentos que julgam indicados para sua suposta doença.

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"As pessoas ansiosas ou que já foram diagnosticadas com algum transtorno de ansiedade são predispostas à hipocondria", esclarece o especialista. Outra característica presente entre os portadores é a incidência do contexto cultural ao determinar seus temores, ou seja, o indivíduo adere a alguma doença que esteja em destaque na mídia e se queixa de sintomas relacionados à patologia da moda.

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Os adolescentes são os mais acometidos pelo transtorno e, geralmente, não aceitam que estejam com problemas psicológicos, dificultando o diagnóstico e o tratamento. "Com o fácil acesso à internet, esses jovens encontram uma nova maneira de pesquisar doenças e creditam seus sintomas a várias patologias. É importante esclarecer que o sujeito já é hipocondríaco quando realiza essas buscas, ele não se torna portador em razão da internet", salienta o Dr. Luiz Vicente.


Psicoterapia como tratamento


A história clínica e a ajuda de familiares são medidas fundamentais para o diagnóstico, já que é baseado em relatos de pessoas próximas ao paciente. O tratamento indicado é a psicoterapia cognitiva comportamental, utilizada para auxiliar o portador no processo de entendimento desta doença imaginária. A hipocondria não tem cura, porém, o acompanhamento profissional é de suma importância na percepção e controle do problema.

saudeempautaonline.com.br


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