A terapia ocupacional trabalha o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos idosos através de atividades que estimulam os aspectos físicos, emocionais e cognitivos.
Com a utilização da tecnologia assistiva, a especialidade faz adaptações de instrumentos ou qualquer peça de equipamento, por exemplo, para alimentação, higiene e locomoção para que o idoso não tenha perda de energia e consiga realizar as atividades do dia a dia com maior independência.
As atividades físicas regulares ajudam a reduzir e até retardar inúmeras alterações orgânicas que o envelhecimento traz. De acordo com a terapeuta ocupacional, Asline Gomes, as tarefas propostas também auxiliam em casos de perda avançada de memória, ajudando o idoso a montar listas e dicas que facilitem a lembrança de algo. "Não devemos nos esquecer de que o sentir-se útil e querido são elementos de extrema importância, eu diria que fundamentais na vida de qualquer pessoa, é aí que entram as atividades mais lúdicas, como artesanato, pintura, música, dança, entre outros".
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Nessa fase da vida algumas adaptações na casa podem oferecer mais segurança. Adequar os móveis e ambientes que o idoso vive, deixar tudo sempre à mostra e com fácil acesso, utilizando o menor número de mobílias possíveis no ambiente diminuem os riscos de quedas.
"Outra dica é que exista sempre alguma luz acesa no período da noite, sinalizando onde está o banheiro, já que idosos costumam urinar com maior frequência. Barras de apoio no chuveiro e nas laterais do vaso sanitário trazem maior segurança nos movimentos. Durante o banho é interessante colocar um sabonete dentro de uma meia calça fina e amarrar, evitando que caia e o idoso tente pegar no chão e perca o equilíbrio", ensina Asline.
A especialista ainda ressalta que o idoso tem que ser produtivo e o mais independente possível em todos os aspectos de sua vida. "Um idoso ativo é mais feliz. É fundamental ter paciência, dar apoio, mostrar confiança e estimular sempre. Não devemos fazer pelo idoso o que ele pode fazer por si mesmo, pois desse modo se sentirá mais valorizado".
A expectativa média de vida aumentou acentuadamente no país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 2025 o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com 32 milhões de pessoas com mais de sessenta anos de idade. Diante desse contexto fica evidente a relevância de promover planos de ação para um envelhecimento saudável e ativo.