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Aos 23 anos

Jovem diagnosticada com câncer terminal cria ONG para conscientização

Redação Bonde
26 mar 2014 às 15:24

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- Reprodução/Twitter
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Aos 23 anos de idade, em 2009, a britânica Kris Hallenga foi dignosticada com um câncer de mama em fase terminal.

"Eu vou sempre lembrar daquele dia nos mínimos detalhes", diz Hallenga, sobre o dia em que recebeu o diagnóstico.

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Uma semana após isso, exames revelaram que a doença havia se espalhado.

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A mãe da jovem, Jane, diz que o diagnóstico marcou o fim da inocência da filha. "De repente você é obrigada a lidar e lutar contra esse destino", diz.

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Cinco anos depois, ela continua fazendo tratamento e lidera uma ong dedicada à jovens que passam pelo mesmo problema.


A doença

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O câncer de Kris está no 4º e último estágio e os remédios podem parar de funcionar a qualquer momento.


Após exames de acompanhamento, os médicos constataram que o câncer de Hallenga havia se espalhado para a pélvis, fígado e quadril, além do cérebro.

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O tratamento consiste em medicamentos para retardar o crescimento dos tumores e radiografia no tumor cerebral. "Quando fui diagnosticada, eu li que a minha expectativa de vida seria de apenas de dois a três anos. Graças ao tratamento, eu estou aqui cinco anos depois, assim como o meu câncer", conta Hallenga.


Conscientização

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Pensando em colaborar com outras jovens que passavam pela mesma situação, um mês após seu diagnóstico, Hallenga fundou uma ONG em parceria com sua irmã gêmea Maren.


A ONG, chamada Coppa Feel, trabalha com jovens em escolas e festivais de música e conscientiza-as da importância do diagnóstico precoce.

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A probabilidade de se desenvolver câncer antes dos 30 anos é de aproximadamente 0.05%, cerca de uma em 2 mil. Antes do 50, a chance aumenta para 2% (uma em 50).


Na Inglaterra, uma em cada 3 mulheres que tem câncer de mama tem mais de 70 anos.

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Apesar da menor probabilidade, alguns estudos afirmam que quando o câncer acomete mulheres mais jovens, ele tende a ser mais agressivo e as chances de sobrevivência também diminuem.


De 2005 a 2009, 90% das mulheres na faixa etária dos 50 aos 69 anos sobreviveram cinco anos após o diagnóstico, em comparação com 84% das pacientes entre 15 e 39 anos.


O diagnóstico precoce eleva significativamente as chances de cura. Aproximadamente apenas 10% das mulheres com câncer em estágio 4 vivem por mais de 10 anos, enquanto o número se eleva para 85% em mulheres com a doença no estágio 1.


Propósito


Além de lidar com a própria doença, Hallenga dá apoio à jovens que precisam de conselhos e suporte quando diagnosticadas.


"Ela é essa supermulher tentando salvar vidas, tentando combater esse câncer", diz a irmã, Maren. "Eu acho que as vezes ela precisa chorar e sentir raiva de tudo isso."


Segundo Kris, ela não pode se dar ao luxo de esperar para ver, nem prever o que pode acontecer. "O câncer me deu uma vida e um sentido para o que faço com ela", conta.


"Eu espero, e gosto de pensar que teria essa mesma apreciação pela vida mesmo se eu não tivesse câncer, mas a doença tornou tudo isso ainda mais importante", completa.

(Com informações da BBC Brasil)


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