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Antes dos 60

Lapsos de memória não devem ser confundidos com Alzheimer

Redação Bonde
04 nov 2011 às 18:44

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- Reprodução
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Esquecer a chave da porta da casa onde mora no local de trabalho, perder o celular, não lembrar o nome de uma pessoa ou o telefone da residência, guardar um documento importante num determinado lugar e depois não recordar, sofrer "um branco" durante uma prova e abandonar o guarda-chuva. Certamente você já deve ter passado por uma dessas situações e pensado: será que estou ficando maluco ou com demência?

Calma. Você certamente não está biruta nem doente. Essas ações são típicas de um lapso de memória, provocado por uma falha na sinapse, que é a estrutura do cérebro que transmite a passagem da informação de um neurônio para outro e pode acontecer com qualquer pessoa. O problema é desencadeado quando a comunicação entre os neurônios é modificada ou bloqueada, causando, assim, as falhas que às vezes acomete a memória.

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"Todo mundo tem um esquecimento, mesmo as crianças, quando deixam para trás a lancheira da escola e os adolescentes, ao não lembrarem da matéria escolar na hora do vestibular. Os lapsos de memória, normalmente, estão relacionados a fatores, como stress, ansiedade, déficit de atenção, uso de determinados medicamentos, má alimentação e alcoolismo. São cerca de 100 causas que prejudicam seu bom funcionamento, mas as citadas acima são as principais", esclarece Ivan Hideyo Okamoto, neurologista e coordenador do Instituto da Memória da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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Segundo o especialista, a preocupação é quando o lapso se torna frequente e atrapalha o cotidiano da pessoa. "Quando a dona de casa confere a lista de compras várias vezes, a pessoa esquece frequentemente de pagar uma conta no dia do vencimento, a cozinheira larga a panela com leite ou feijão no fogo e o patrão paga o salário da empregada duas vezes no mesmo mês é preciso ficar alerta, pois, aí sim, pode ser indício de uma doença. Tendo este indivíduo mais de 60 anos de idade, é preciso prestar mais atenção às suas atitudes, porque repetindo-se muitas vezes o esquecimento, é conveniente encaminhá-lo a um médico, pois, neste caso, pode ser um sinal de início da demência", alerta o neurologista.


No caso da comprovação de Alzheimer, o tratamento para estabilizar o avanço da doença deve começar o quanto antes. "Há medicações que atrasam o desenvolvimento da enfermidade, possibilitando um aumento de sobrevida do paciente em até 15 anos (a)pós a descoberta do mal. Quando detectada precocemente, é possível monitorar a doença e preservar as funções do paciente por mais tempo", revela o especialista.

Excluindo-se o Alzheimer, as causas do esquecimento devem ser combatidas. "No caso de stress, recomenda-se tirar férias ou praticar ações que diminuam ou eliminem o problema. Sendo os lapsos de memória motivados por medicamentos, o paciente deve relatar a situação ao médico que prescreveu o remédio para que sejam tomadas providências quanto à troca ou mudança da medicação", esclarece o Dr. Ivan Hideyo Okamoto (com saudeempautaonline).


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