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Lesões na boca que não cicatrizam podem ser sinais de câncer

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
20 mar 2019 às 16:55

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- Shutterstock
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Uma afta insistente é um sintoma que pode até passar despercebido, mas na realidade, pode representar um forte alerta para o tumor de cavidade oral, câncer de boca. Sangramento repentino, feridas, machas brancas ou qualquer lesão desse tipo que permaneça por mais de 15 dias na boca deve ser investigado com atenção.


De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o Brasil é o terceiro país com mais ocorrências, cerca de 15 mil casos por ano. O câncer de cavidade oral tem mais incidência em homens acima de 50 anos e costuma ocorrer na parte posterior da língua, mas outras regiões como o assoalho bucal, lábios, as bochechas, gengivas, glândulas salivares, amígdala e o céu da boca também podem ser afetadas.

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Por ser uma doença que apresenta sintomas sutis, é preciso sempre estar atento aos primeiros sinais. Além de feridas que não cicatrizam, manchas brancas ou vermelhas, nódulos na região, dor e dificuldade para mastigar ou engolir são outros sintomas. "Higiene oral cuidadosa e consultas regulares ao dentista tem importância fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de boca, uma vez que esse tipo de câncer é silencioso e, muitas vezes, indolor. Dessa forma, aliar o conhecimento dos sintomas à realização de cuidados com higiene da boca e consultas regulares ao dentista pode evitar que a doença seja apenas diagnosticada em estágios mais avançados, ajudando a salvar vidas", orienta Carolina Fittipaldi, oncologista do Centro de Excelência Oncológica, unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro.

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Fatores de risco

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O desenvolvimento do câncer de boca está muito relacionado ao estilo de vida. O fumo e o álcool ainda são os principais fatores, com 90% dos casos associados a esses hábitos, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). Nos últimos anos, o HPV também tem sido um fator principal para o surgimento da doença, inclusive entre jovens. O contato sexual, principalmente no sexo oral, é a principal forma de contaminação.


"Apesar da queda do número de fumantes perceptível nos últimos anos, o câncer de boca aumentou cerca de 225% na duas últimas décadas, sendo o papiloma vírus um dos principais fatores responsáveis, visto que ele é capaz de acelerar o desenvolvimento desse tumor", observa a médica.

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A higiene oral feita de forma precária e inadequada, uma dieta pobre em minerais e vitaminas e a exposição aos raios UVA e UVB sem proteção nos lábios também podem contribuir para o aparecimento da doença.


O tratamento será determinado de acordo com a localização e o estágio da doença. "Cada caso requer um tratamento específico, que pode combinar a cirurgia para a retirada do tumor, quimioterapia e a radioterapia", esclarece a oncologista.

Quando a doença é diagnosticada ainda no início, as chances de sucesso podem chegar a 90% quando o paciente realiza um tratamento adequado. Nos casos em que a doença atinge um estágio avançado, esses índices apontam uma média de 40%.


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