Os médicos plantonistas apresentaram nova contraproposta à Prefeitura de Londrina para continuar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais filantrópicos. Na Irmandade Santa Casa, os profissionais pedem reajuste mínimo de 37% nos valores pagos pelo município, gestor do sistema. Os valores passariam de R$ 212.050,00, debitados atualmente por mês, para R$ 292.723,00. Os médicos do Hospital Evangélico pedem 48% de reajuste (R$ 149.050,00 para R$ 221.364,00).
As exigências foram entregues ao Secretário de Saúde nas últimas 24h. O primeiro documento recebido por Edson Souza foi na reunião do Conselho Municipal de Saúde, ocorrida na noite de terça-feira (27). O outro foi entregue na manhã de hoje (28).
O dia do secretário foi de muitas reuniões e contas. Souza achou os valores altos e difíceis de serem cumpridos. "Nesses montantes, não. Nós não temos como chegar nesses valores", afirmou.
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Uma resposta deve ser apresentada até sexta-feira (30), período em que se encerra o prazo dado pelos médicos. Os profissionais cobram mais agilidade. "A prefeitura vai responder até amanhã, ao meio dia", comentou o diretor clínico da Santa Casa, Weber Arruda. A informação não foi confirmada pelo secretário. "Hoje debrucei o dia inteiro dentro desses valores, mas não consegui fechar os números. A minha conta está muito longe para chegar nesses valores", disse Souza.
Os hospitais filantrópicos fecharam os pronto-socorros no final do ano passado, em virtude da falta de pagamento dos plantões à distância. Uma pessoa morreu por falta de atendimento.