Com a proximidade do verão, os tão aguardados e sonhados dias de sol, céu azul e calor podem vir acompanhados de um incômodo que pode afetar o indivíduo em qualquer momento da vida. A micose, essa indesejada doença ocorre por conta da presença de fungos na pele, sobretudo nesta estação do ano, visto que ambientes quentes e úmidos são os preferidos para os bichinhos se alimentarem da pele provocando a discamação, segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dra. Renata Moino.
Considerada uma doença corriqueira em todo o País, se não tratada rapidamente, a micose pode trazer graves riscos à saúde. Indivíduos com histórico de patologias como AIDS e câncer representam um grupo suscetível à doença, já que a imunidade do organismo é baixa e qualquer bactéria pode invadir alguns órgãos e provocar complicações, levando ao óbito.
A incidência da micose é comum entre os brasileiros e o principal tipo da doença acontece nos pés. Popularmente conhecida como "frieira", a doença ocorre quando as pessoas não enxugam os dedos adequadamente após o contato com a água. Usar sapatos fechados por longos períodos, fazendo com que a umidade e o calor presentes dentro do calçado facilite a ação dos fungos, é outro aspecto a ser considerado.
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Entre as unhas, a micose é a do tipo mais resistente e o formato e a coloração das unhas pode ser alterada em razão da doença, tornando-se quebradiça e chegando até a se descolar do dedo. "Na pele, a inflamação, a vermelhidão e a coceira são os indícios da patologia. Como os fungos se alimentam da pele, a descamação é o sinal mais comum da enfermidade", revela a dermatologista.
Identificação e tratamento
Dependendo da região onde a micose se instala, os especialistas podem reconhecê-la simplesmente pelo olhar clínico. Em casos mais graves, é necessária a coleta do material para a realização dos exames com microscópio a fim de identificar o tipo de fungo. "É imprescindível o diagnóstico correto da micose, pois pode ser confundido com alergia e o tratamento pode ser equivocado, o que agrava o quadro", alerta a Dra. Renata Moino.
O tratamento da doença demanda paciência, visto que os cremes antifungos indicados devem ser utilizados por, no mínino, um mês. Não interromper o uso do medicamento é a principal forma de alcançar a cura. "Alguns indivíduos em tratamento julgam que no terceiro dia, por exemplo, a região já está estabilizada e desistem de utilizar os medicamentos. Esse é o principal erro cometido por muitas pessoas", lamenta a especialista.
No entanto, alguns cuidados podem funcionar como medida preventiva da doença, como:
- Após o banho, enxugue bem o corpo, principalmente entre os dedos e dobras, como mamas e virilha;
- Não utilize o mesmo sapato todos os dias e, se possível, deixe o calçado no sol para eliminar os fungos;
- Evite andar descalço no verão, especialmente em regiões próximas à praia ou piscina;
- Use roupas de algodão (com saudeempautaonline).