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Pílula aumenta absorção de remédios no organismo

Redação Bonde
18 jan 2011 às 16:56

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- Divulgação
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O problema da administração de muitos medicamentos por via oral é que uma pílula muitas vezes não se dissolve no local exato do trato gastrointestinal onde pode ser absorvida pela corrente sanguínea.

Um novo sistema de comprimido magnético, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Brown, em Rhode Island (EUA), poderia resolver essa questão de forma segura, mantendo o remédio no lugar certo do intestino. A descoberta foi publicada na edição online da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

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Os cientistas descrevem o funcionamento da pílula magnética em ratos. Aplicada em pessoas no futuro, a tecnologia poderá fornecer uma nova maneira de oferecer drogas a muitos pacientes, incluindo aqueles com câncer ou diabete, afirma a autora sênior Edith Mathiowitz, professora de ciência médica do departamento de Farmacologia Molecular, Fisiologia e Biotecnologia de Brown.

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O sistema também pode atuar como um potente instrumento de pesquisa para ajudar especialistas a entender exatamente em que partes do intestino diferentes medicamentos são mais bem absorvidos.

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"Com essa tecnologia, você pode descobrir onde a pílula está localizada, colher algumas amostras de sangue e saber exatamente se o comprimido nessa região aumenta a biodisponibilidade (função de uma dose que atinge a circulação) no organismo", afirmou Edith. "É uma forma completamente nova de conceber um sistema de administração de medicamentos", acrescenta.


Os dois principais componentes do sistema são cápsulas de gelatina convencional que contêm um ímã minúsculo e um ímã externo capaz de sentir a força entre ele e a pílula e variar essa potência, quando necessário, para segurar o comprimido no lugar. O ímã externo percebe a posição do remédio, o que pôde ser comprovado por raios X em órgãos de ratos, já que a cápsula fica escura no exame.

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Segurança em primeiro lugar


Esse sistema não é a primeira tentativa de orientar pílulas magneticamente, mas é o primeiro em que os cientistas podem controlar as forças de uma pílula de forma que ela seja segura para uso no corpo. Eles projetaram a tecnologia para detectar a posição dos comprimidos e mantê-los lá com um mínimo de força.

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"A coisa mais importante é ser capaz de controlar as forças exercidas sobre a pílula, a fim de evitar danos aos tecidos em volta", explicou a pesquisadora. "Se você aplicar um pouco mais de força necessária, a pílula será puxado para o ímã externo, e isso é um problema."


Para alcançar seu objetivo, a equipe, que inclui o e ex-estudante Bryan Laulicht, tomou medidas cuidadosas e construiu um sistema magnético externo com um sofisticado controle de computador e mecanismos de feedback.

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"Os maiores desafios foram quantificar a força necessária para a manutenção de uma pílula magnética no intestino delgado e construir um dispositivo que pudesse manter forças intermagnéticas nessa área", disse Laulicht, que agora é um acadêmico de pós-doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).


Mesmo depois de manter uma pílula por 12 horas em ratos, o sistema aplica uma pressão sobre a parede intestinal, que foi inferior a 1/60 do que seria prejudicial. O próximo passo na pesquisa é começar a oferecer as drogas usando esse sistema e testar sua absorção, de acordo com Edith e Laulicht.

"Então vamos passar para testes com animais maiores e, finalmente, para humanos", disse Laulicht. "Minha esperança é de que a retenção da pílula magnética seja usada para solucionar a administração de medicamentos por via oral em necessidades médicas até agora não atendidas", completa (com jornal O Estado de São Paulo).


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