Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)apontam que a proporção de idosos na população brasileira registrou um aumento na última década, passando de 9,1% do total em 1999 para 11,3% em 2009.
De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) - que analisa as condições de vida no país com base em diversos estudos - cerca de 21 milhões de brasileiros têm 60 anos de idade ou mais.
Segundo a pesquisa, embora 48,9% dos idosos sofra de mais de uma doença crônica, 32,5% deles não têm cadastro no Programa de Saúde da Família – projeto do governo federal de acompanhamento médico - nem plano de saúde particular.
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Segundo analistas do instituto, isso significa que uma parcela da população mais velha não tem a possibilidade de fazer exames preventivos periódicos.
A hipertensão, que pode causar infartos fulminantes e acidentes vasculares, atinge 50% dos idosos.
De acordo com a pesquisa, homens e mulheres vivem cerca de três anos a mais do que em 1999. A esperança média de vida no Brasil é de 73,1 anos. Mulheres vivem em média 77 anos, oito a mais do que os homens.
Desigualdade
A análise de indicadores sociais também mostra que as mulheres ainda têm rendimento menor do que os homens, mesmo com mais anos de estudo. Elas recebem cerca de 70,7% do que eles, em média.
Entre a população mais escolarizada, a diferença é ainda maior. Mulheres com 12 anos ou mais de estudo recebem somente 58% da quantia ganha pelos homens com o mesmo nível de instrução.
O número de horas de trabalho também é menor para as mulheres. Elas trabalham em média 36,5 horas semanais, contra 43,9 dos homens.
No entanto, as mulheres gastam 22 horas semanais com tarefas domésticas. Os homens, 9,5 horas.