A especialista explica que é à noite que nosso pensamento se aquieta e somos obrigados a entrar em contato com nossas questões mais íntimas (e perturbadoras). Muitas pessoas, inclusive, se enchem de tarefas durante o dia justamente para evitar este enfrentamento. Porém, ao final do dia de trabalho, quando os filhos já estão dormindo, etc., é quase inevitável fugir desses pensamentos.
"Podem ser preocupações, descontentamentos, insatisfações com alguma parte da sua vida, como casamento, dívidas, problemas de saúde, solidão, falta de um círculo de amizades ou de um companheiro", enumera a psicóloga Cintia Seabra. "Esse vazio aparece e precisa de um preenchimento. É nessa hora que seu piloto automático te leva para a comida, na expectativa de preencher o vazio e te dar prazer, ainda que imediato e pequenininho", completa.
A comida é capaz de trazer conforto instantâneo, porém não duradouro, pois, logo em seguida, vem a culpa por ter comido demais e sabotado o processo de emagrecimento. Além disso, alimentos como açúcar e carboidratos refinados – que são as escolhas mais prováveis para os momentos de angústia por serem reconfortantes – de fato aumentam a síntese de serotonina (hormônio da felicidade), mas por um período muito breve. O nível do hormônio logo cai, provocando uma piora abrupta no humor. Esse conjunto de fatores pode te levar a comer ainda mais, em um ciclo difícil de ser quebrado.
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Como controlar?
O conselho da psicóloga é identificar esses fatores que te levam a buscar comida em troca de conforto – o que pode ser a própria insatisfação com o peso. Uma vez que você tem consciência deles, todas as vezes em que surgirem na sua mente, ao invés de sair correndo para a comida, procure encarar de frente.
Tenha calma, pense bem no assunto e, principalmente, em maneiras de resolvê-lo. Trace um plano de metas, programe-se e tente se lembrar de que a comida não irá ajudar a resolver a questão e pode até mesmo piorá-la, desviando o foco e adicionando mais angústia.
(com informações do site Bolsa de Mulher)