A primeira soltura de mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados no Estado de São Paulo será na quinta-feira (30) em Piracicaba, interior de São Paulo.
Cerca de 100 mil espécimes do chamado Aedes do Bem serão soltos em uma residência na zona leste do município. A região é recordista em casos de dengue na cidade, que até esta segunda-feira (27), tinha cerca de mil casos confirmados, quatro vezes mais que no mesmo período do ano passado.
A soltura foi definida pela empresa Oxitec, em parceria com a prefeitura, depois da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual para garantir a segurança do projeto.
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O MPE exigiu, entre outras garantias, que os moradores não sejam impedidos de usar inseticidas em suas casas. Serão soltos apenas machos transgênicos que não picam as pessoas. Ao cruzar com as fêmeas o mosquito modificado gera uma prole que morre antes de atingir a idade reprodutiva, reduzindo a população do inseto.
De acordo com a Oxitec, serão soltos 800 mil mosquitos por semana durante o primeiro mês. A quantidade será reduzida gradualmente, acompanhando a redução de insetos na área tratada. A expectativa é de que em dez meses não haja mais Aedes no bairro. A prefeitura vai pagar R$ 150 mil pelo projeto, considerado experimental, já que o Aedes transgênico ainda está em processo de liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Limeira
A prefeitura de Limeira, na mesma região, retomou as negociações com a Oxitec, empresa que desenvolveu a tecnologia do mosquito transgênico como arma contra a dengue. A cidade convive com epidemia desde fevereiro, com 7.677 casos confirmados e 14.269 suspeitos, além de 14 mortes confirmadas e outras 4 sob investigação. Segundo o secretário de Saúde do município, Luiz Antônio Silva, a negociação foi interrompida quando o MPE suspendeu o projeto em Piracicaba. Ele agora pretende acompanhar a soltura na cidade vizinha para continuar o processo.
(Com informações infoexame)