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Primeiro eletrocardiograma deve ser feito ainda na juventude

Redação Bonde / Assessoria de Imprensa
25 jun 2015 às 16:09

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- Reprodução
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A cada ano, cerca de 140 mil pessoas morrem de doenças do coração no Brasil, segundo dados da OMS – Organização Mundial da Saúde. Cerca de 90% dessas mortes, inclusive as decorrentes de mal súbito, poderiam ser evitadas com o diagnóstico básico de um simples eletrocardiograma, seguido de tratamento e acompanhamento médicos adequados.

Para crianças e adolescentes que vão iniciar prática esportiva ou que possuem histórico de doença cardiovascular na família, ele deve ser feito logo cedo, diz o Dr. Carlos Alberto Pastore, cardiologista do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMSUP (Incor).

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Uma boa consulta cardiológica e um eletrocardiograma bem interpretado podem diagnosticar mais de 90% dos problemas cardíacos, principalmente os congênitos, poupando milhares de vidas, afirma o médico. Quanto antes essas doenças forem diagnosticas, maiores as chances de sucesso no tratamento e de que a criança e o adolescente tenham vida normal, quando adultos. Com esse "RG elétrico do coração" é possível acompanhar o histórico da evolução ou surgimento das doenças do sistema elétrico cardíaco ao longo da vida, explica o Dr. Pastore.

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Por outro, alerta o cardiologista, se forem expostos a uma condição de stress cardiovascular sem preparo, esses jovens cardiopatas poderão ser em breve uma das 140 mil pessoas vítimas de morte súbita anualmente no Brasil.

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"É um erro as academias e clubes não exigirem avaliação cardiológica para início de atividade física. Mesmo que isso não seja solicitado, os pediatras devem ficar atentos, orientando os pais a levarem os filhos para consulta com o cardiologista, principalmente antes do início da prática física", diz o Doutor.


Foi justamente a atenção do pediatra que levou a veterinária Ariadne Silva, 53 anos, a submeter sua filha Cecília, aos dez anos de idade, à avaliação cardiológica, tendo como base o eletrocadiograma (de repouso e de 24 horas). Uma alteração no ritmo cardíaco da menina (que fazia seu coração bater mais lentamente do que o normal e era acompanhada pelo médico desde que ela era pequena) pode, então, ser diagnosticada pelo cardiologista como uma bradicardia.

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"Descobrimos, depois, que essa alteração é encontrada em outros membros da família. Felizmente ela não é uma condição que traga qualquer limitação à vida da minha filha, mas precisamos acompanhar". Hoje, com 18 anos, Cecília está fazendo cursinho para o vestibular de Direito e é uma praticante assídua de atividade física: faz ginástica duas vezes por semana, acompanhada de orientação profissional.


A experiência serviu de alerta para Ariadne estender essa preocupação com a saúde do coração para toda a família. Laura, sua filha mais nova, de 12 anos, foi submetida ao exame cardiológico já aos oito anos de idade, e seu marido, Wladimir, 47 anos, faz avaliações a cada ano.

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O eletrocardiograma é eficaz também para acompanhar pacientes sob uso de medicamentos (antibióticos, antialérgicos, antidepressivos e até antiarrítmicos) que, em alguns casos, agem negativamente sobre o coração. Principalmente quando o órgão é acometido de uma doença silenciosa, ainda não diagnosticada. "Muitas vezes, a doença é congênita e não apresenta qualquer sintoma, mas, ao interagir com medicação inadequada, pode ser fatal".


Eletrocardiograma

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O eletrocardiograma registra a atividade elétrica do coração, que se apresenta alterada no aparecimento ou na evolução de mais de 90% das doenças cardíacas – principalmente as arritmias, sejam em pessoas doentes ou saudáveis, e os infartos agudos.


Ao longo da evolução do método de diagnóstico, impulsionada pelas necessidades específicas dos médicos, foram surgindo diversas variantes do exame que, em sua forma original, é feito com o paciente deitado e em repouso. O sistema holter - eletrocardiograma de 24 horas – para avaliação de arritmias, é um dos resultados desse desenvolvimento. O teste ergométrico, um eletrocardiograma sob exercício em esteira, avalia a funcionalidade das artérias do coração.


Atualmente, sistemas computadorizados sofisticados incrementam as informações do eletro, apresentando traços da atividade elétrica do coração, a partir dos quais o diagnóstico é estabelecido com maior refinamento e precisão. Nesse rol, o sistema looper, por exemplo, é capaz de captar eventos esporádicos das arritmias.

O eletrocardiograma de alta resolução, por outro lado, auxilia a predizer o aparecimento de uma arritmia. O mapeamento eletrocardiográfico de superfície (Body Surface Mapping) consegue fornecer mais de 80 pontos de observação do coração.



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