Gravidez, ganho excessivo de peso, emagrecimento acentuado, seja lá qual for o motivo para exibir uma ‘pancinha’ avantajada, ou flácida a ponto de provocar dobras na pele, o incômodo provocado pela silhueta refletida no espelho é enorme.
Existem vários fatores que ocasionam este acúmulo de gordura: os maus hábitos alimentares e o sedentarismo são os principais, além do estresse, que promove liberação de cortisol, hormônio que aumenta os depósitos de gordura corporal. A ação dos hormônios sexuais também ajuda neste processo, principalmente nos homens, que tendem a engordar nesta região. Já para as mulheres, eles fazem a gordura ser armazenada nas nádegas, coxas e quadril, mas na menopausa a produção de estrogênio diminui, e o acúmulo de gordura pode migrar para a cintura e, então, aumentar a quantidade de gordura abdominal.
Além de questões estéticas, a obesidade abdominal é um dos fatores de risco para diversas morbidades. Manter alimentação balanceada e praticar atividade física é fundamental para deixar e manter o abdome sequinho e a saúde em ordem. No entanto, quando há excesso de flacidez e gordura acumulada, difícil de ser eliminada até mesmo com a malhação, entra em cena a cirurgia plástica. "Mas toda e qualquer cirurgia deve ser precedida de alguns detalhes, que consistem, principalmente, em uma indicação correta por parte do médico, esclarecimento ao paciente ou seu responsável legal sobre as possibilidades de resultados e os riscos de um procedimento cirúrgico/anestésico e um pré-operatório com exames pertinentes para cada caso", orienta Márcio Castan, Cirurgião Plástico, Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Pós-Graduado em Dermatocosmiatria.
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Dois em um
A abdominoplastia associa a lipoaspiração no dorso, especialmente flancos, e próximo do púbis; e a abdominoplastia clássica, realizada por meio de incisão longitudinal na porção inferior do abdome, resolve dois problemas de uma vez. "A lipoabdominoplastia praticamente substituiu a abdominoplastia clássica e é um procedimento realizado para tratar o excesso de gordura e a flacidez da pele, promovendo um melhor contorno corporal. Porém, é importante lembrar que a operação não é um método de emagrecimento", explica o médico.
O resultado final surge após 6 a 9 meses. Nas primeiras semanas ou meses, essas áreas, além de estarem sujeitas a períodos de "inchaços", poderão apresentar alguns pontos mais densos que outros (irregularidades). Eles geralmente são perceptíveis à palpação e evoluem atingindo gradativamente o resultado almejado. Condutas complementares em academias, com fisioterapeutas ou mesmo esteticistas, poderão melhorar bastante o resultado final. A cirurgia pode ser realizada tanto com anestesia peridural ou raquidiana associada à sedação, quanto com anestesia geral. "O que determinará o tipo de anestesia é uma conversa do paciente com o seu cirurgião a respeito do tema e as condições do próprio paciente", determina o médico.