A urticária pode ser aguda ou crônica (que tem por característica uma duração maior de 6 semanas). Porém, nem toda urticária é uma alergia, pois existem mais de 200 causas possíveis e somente uma delas é ''alergia''.
As agudas geralmente possuem causa infecciosa, em que as lesões aparecem precedendo ou concomitantes com um quadro infeccioso agudo, seja viral ou bacteriano. Um exemplo é a criança com infecção de garganta ou virose (respiratória ou intestinal) que inicia com urticária. Mas em adultos também são frequentes os medicamentos, sobretudo os anti-inflamatórios e analgésicos, que podem causar urticárias agudas. Outra ocorrência pode ser por alergia alimentar, quando surgirão lesões minutos após a ingestão. Geralmente, essa alergia não depende da quantidade do alimento e sim da qualidade. Estudos demonstram que corantes, conservantes e aromatizantes não são os grandes vilões na geração da urticária.
Já as crônicas necessitam de uma avaliação minuciosa, pois podem ter causas múltiplas, desde alergias até ser as primeiras manifestações de doenças do tecido conjuntivo, infecções crônicas, problemas hepáticos, de tireóide e até mesmo processos auto-imunes. O tratamento pode ser feito com anti-alérgicos por longos períodos. Corticóides via oral são evitados em casos crônicos, mas às vezes utilizados nas urticárias agudas de difícil controle. Dietas de restrições não são indicadas neste tipo de tratamento, assim como vacinas.
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Ana Paula Juliani - alergista e imunologista