Melanoma é o tipo de câncer de pele de pior prognóstico, e representa cerca de 5% de todos os cânceres de pele. São mais de um milhão de novos casos por ano nos Estados Unidos e cerca de 120 mil novos casos no Brasil. Se for descoberto em seus estágios iniciais, o melanoma é quase sempre curável, porém, se diagnosticado tardiamente, tende a se espalhar para outras partes do corpo em um processo chamado metástase.
De acordo com a dermatologista Karen Lutfi, "o filtro solar e o uso de chapéu são as melhores armas para prevenir o câncer de pele. Caso vá se expor, que seja antes das 10 horas, ou à tarde, depois das 16 horas, sempre usando filtro solar (fator 30, no mínimo), chapéu e óculos escuros e use também um protetor labial".
Quais os tratamentos mais eficazes?
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-Excisão simples com margens: melanomas finos podem ser tratados com uma pequena cirurgia para sua remoção. O câncer é retirado juntamente com uma pequena porção de tecido sadio.
-Amputação: Se o melanoma estiver nos dedos da mão ou pés.
-Dissecção de linfonodo ou Linfadenectomia
-Cirurgia para melanoma metastático
-Quimioterapia
-Imunoterapia: ela ajuda o sistema de defesa do paciente a combater o câncer e pode ser usada em paciente com melanoma avançado.
Muito se tem falado na nova vacina para esta doença, e a dermatologista explica que "a lógica é semelhante à das vacinas comuns, ou seja, células enfraquecidas de melanoma ou substâncias obtidas a partir dessas células são injetadas no paciente para estimular o sistema imunológico a combater as células cancerosas". Karen afirma também que "é difícil produzir essas vacinas, que podem ser usadas em pacientes com melanomas em estágio IV", e adverte que essa terapia ainda está sendo pesquisada e seus benefícios avaliados.
Quanto mais fino o melanoma, menor o risco de ele se espalhar. A espessura do melanoma também determina a escolha do tratamento. Outro sistema avalia a profundidade do melanoma em relação às camadas da pele.
-Quais são os benefícios da vacina?
O tratamento melhorou a qualidade de vida de pacientes que já tinham a doença espalhada pelo organismo. O mais importante é que os pacientes puderam voltar a ter uma vida relativamente normal e ter uma sobrevida maior.
A vacina foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros, e a primeira vacina terapêutica brasileira para tratamento de pacientes com melanoma e câncer de rim já está sendo usada no combate à doença. A vacina permite deter a expansão destes tumores em 80% dos portadores do mal.
A vacina é composta por aproximadamente 10 mil células dendríticas - responsáveis por avisar o sistema imunológico sobre a existência de perigo - e outras 10 mil células do tumor. Os dois tipos se fundem e formam as células do medicamento, que ativam o sistema de defesa do organismo do paciente para que ele reconheça o tumor como inimigo e parta para o contra-ataque. Seus efeitos colaterais são febre e vermelhidão no local da aplicação. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a vacina como procedimento de auxílio no tratamento destes tumores.
"Atualmente, a vacina é apenas indicada a pacientes em estágio avançado da doença para aumentar a sobrevida, portanto não podemos substituir por tratamentos convencionais", conclui Karen Lutfi (com Ayla Meireles Comunicação).