Você sabia que pessoas da faixa etária dos 14 aos 40 anos, de ambos os sexos, são as maiores frequentadoras do Núcleo Capilar Patrícia Maciel, especializado em saúde do couro cabeludo e dos cabelos? Em mais de dez anos de clínica no Brasil, a terapeuta capilar Patrícia Maciel observou a mudança de seu público: "Antes, meus clientes eram principalmente homens a partir dos 50 anos. Hoje, a faixa etária caiu para apenas 14 a 40 anos e a clientela está bem dividida entre homens e mulheres".
Segundo ela, a ampliação da faixa etária e a maior presença de mulheres entre seus clientes devem-se, principalmente, a causas emocionais e comportamentais para essas ocorrências. "A má qualidade de vida, má alimentação, consumo excessivo de alimentos processados, falta de sono e de atividade física, todos esses fatores levam a uma má qualidade de vida, que ocasiona desequilíbrio no organismo, interferindo diretamente nos problemas capilares", comenta.
Oleosidade excessiva, caspa, calvície e até a mania de arrancar os cabelos são alguns dos problemas tratados pela terapia capilar. Patrícia Maciel – pioneira entre os ocidentais nessa atividade –, após seis anos de estudos na Takara Belmont, em Nagoya (Japão), trouxe para o Brasil um método exclusivo não invasivo para a recuperação capilar – a Terapia Capilar.
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Alguns fatores sazonais e climáticos também têm influência na saúde capilar. De acordo com a terapeuta, o inverno é um período de mudanças de comportamento, desencadeando importantes alterações na pele e nos cabelos: "Recolhimento em ambientes fechados e aquecidos, uso de casacos e gorros, banhos muito quentes e a redução dos movimentos provocam menor oxigenação e diminuem a liberação de endorfina (hormônio responsável pelo rejuvenescimento). Tudo isso, somado à alimentação mais calórica e gordurosa, é fator desencadeante de Dermatite Seborréica".
Segundo Patrícia, a água quente – que dá uma sensação aconchegante – potencializa o cloro, que prejudica os cabelos. Além disso, provoca o ‘efeito rebote’, pois o óleo, ao ser tirado bruscamente, se reproduz ainda mais, pois as glândulas sebáceas aceleram sua produção. "Já os alimentos mais calóricos aumentam a produção sebácea, formando mais óleo no couro cabeludo, inibindo a oxigenação e obstruindo o poro piloso", aponta.
Alguns dos problemas mais comuns são os que afetam o couro cabeludo, chamados de Tricoses. Patrícia lista alguns deles:
- Alopecia areata (vulgo pelada) – perda de pelos em todo o corpo, causada por estresse e baixa imunidade. Pode ter também correlação hereditária ou decorrer de traumas emocionais.
- Alopecia androgenética – perda de cabelos e pelos causada basicamente por hereditariedade e agravada por estresse; descontrole hormonal (alta produção de DHT - diidrotestosterona); descontrole sebáceo tópico e hábitos como exposição solar sem proteção, alimentação inadequada e até falta de atividade física.
- Psoríase – lesões na pele, unhas e couro cabeludo, que surgem principalmente em mulheres com histórico familiar e é causada predominantemente por estresse, baixa imunidade, deficiência vitamínica e sensibilidade dérmica.
- Eflúvio telógeno – queda capilar grave, causada por estresse, insônia, depressão pós-parto e pós-cirurgia e uso de medicamentos agressivos sem controle médico. Também são fatores importantes: alterações hormonais, problemas endócrinos e disfunções na tireóide, causadas por regimes alimentares sem acompanhamento médico; alimentação inadequada; ovário policístico e endometriose.
- Tricoptilomania – É ato compulsivo de arrancar os próprios cabelos. Apesar de não ser uma doença do couro cabeludo, as consequências do ato se refletem no mesmo. A doença pode ser agravada por acúmulo de estresse. Neste caso, o problema é psicológico e deve ser tratado por profissionais especializados.
- Dermatite Seborréica – Também conhecida como seborréia, caspa ou eczema. Se manifesta onde existe maior produção de óleo pelas glândulas sebáceas ou a presença de um fungo, o Pityrosporum ovale. São lesões avermelhadas no couro cabeludo que descamam e coçam. Podem ser causadas por alterações hormonais, estresse, clima seco, frio e mudanças bruscas de temperatura (com Em Pauta Comunicação).