Tanto os hormônios sexuais como a hiperfunção das glândulas sebáceas e alterações da flora bacteriana da pele são os principais responsáveis pelo surgimento da acne. Mais frequente em adolescentes, pode surgir também em adultos, e é muito comum, inclusive em ambos os sexos. A acne pode comprometer muito a autoestima e a qualidade de vida de uma pessoa.
De acordo com Michele Haikal, dermatologista que segue a visão da medicina integrativa, as lesões aparecem com mais frequência na face, mas também podem ocorrer nas costas, ombros e peito. O surgimento da acne ainda pode estar relacionado a situações de estresse ou ao período menstrual, bem como, o uso de alguns medicamentos como corticoides, contato com óleos, graxas ou produtos gordurosos. "A acne não é contagiosa. Trata-se de um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilos sebáceos e com múltiplas outras causas envolvidas", explica.
O tratamento dessa inflamação vai variar de acordo com a gravidade, a localização e em função de características individuais como, por exemplo, se existem carências de vitaminas que também podem ocasionar acne. Há opções de terapia local, via oral, ou a combinação de ambas, mas o que fazer com as cicatrizes?
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Segundo Haikal, o ideal para tratar as marcas deixadas por acne são aqueles que exigem abstinência de sol por um tempo. São tratamentos que de maneira proposital e controlada "queimam a pele" o que é possível com laseres e peellings químicos. Outra maneira de se tratar as cicatrizes de acne sem que se precise da abstenção do sol é por meio do microagulhamento. Todos estes procedimentos podem ser realizados em vários níveis de profundidade e intensidade.
"O laser de CO2, por exemplo, quando feito de maneira mais profunda dá um resultado muito bonito, mas devido à profundidade em que atua sobre a pele, o paciente não pode tomar sol para que não ocorram manchas no pós-procedimento. Por isso, o inverno é a época ideal para o tratamento das cicatrizes de acnes", confessa a médica.