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Síndrome da Bexiga já tem tratamento eficaz

Redação Bonde
24 set 2010 às 15:44

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- Reprodução
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Ainda pouco discutida e conhecida, a Síndrome da Bexiga Dolorosa, também conhecida como Cistite Intersticial, é uma doença rara, crônica e difícil de ser diagnosticada. Atualmente, ela é confirmada pela exclusão sistemática de outras doenças semelhantes. Um diagnóstico preciso pode demorar de quatro a cinco anos para ser realizado, pois a doença ainda é pouco conhecida.

De acordo com o Dr. Paulo Palma, Professor Titular de Urologia da UNICAMP e Diretor da Escola Superior de Urologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), os pacientes que possuem a síndrome procuram, em média, cinco médicos antes que o diagnóstico correto seja efetuado. "Muitas pessoas podem ter a Síndrome da Bexiga Dolorosa e receber um tratamento para doença semelhante", revela Palma, também Presidente da Confederação Americana de Urologia (CAU). "Esse é um problema grave de saúde pública, que debilita muito as pessoas. Estima-se que 50% dos indivíduos afetados não são capazes de trabalhar normalmente".

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Segundo o Professor da Unicamp, os principais sintomas dessa doença são dor pélvica e vesical, desconforto suprapúbico e noctúria, ocorrendo de modo cíclico ou crônico. "A Síndrome da Bexiga Dolorosa é definida como uma dor suprapúbica, acompanhada de outros sintomas. Diferentemente de uma bexiga normal, cuja camada epitelial é impermeável às substâncias nocivas presentes na urina, a bexiga com cistite intersticial possui uma permeabilidade epitelial que permite a passagem de toxinas e substâncias nocivas. Consequentemente, a camada protetora da bexiga vai sendo, gradativamente, degenerada", orienta Palma.

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As causas da Síndrome da Bexiga Dolorosa não são completamente conhecidas. Estudos demonstram que não há um único quesito para desencadear essa patologia e diversos fatores isolados ou associados podem ser responsáveis pelos sintomas. Acredita-se que essa deficiência pode ser gerada por alterações neurológicas, psicológicas, autoimunes, hormonais e até por infecções urinárias. Uma deficiência nos componentes da camada protetora da bexiga é apontada como um dos principais fatores desencadeantes. Exposição prolongada ao frio e ingestão elevada de café também são fatores consideráveis.


Não existem dados disponíveis sobre a prevalência da Síndrome da Bexiga Dolorosa no Brasil. As informações utilizadas são provenientes de outros países. Considerada rara, essa patologia acomete cerca de nove mulheres para cada homem e a sua incidência é estimada em cerca de 10 a 100 pessoas em cada 100 mil habitantes. Dados dos Estados Unidos demonstram que mais de 700 mil americanos sofrem com a doença.

De acordo com o Dr. Palma, o tratamento para a Síndrome da Bexiga Dolorosa compreende mudanças comportamentais, como controle do estresse, prática de exercícios físicos e diminuição do consumo de cafeína, álcool e alimentos ácidos e condimentados, além do uso de medicamento e, excepcionalmente, intervenções cirúrgicas (com Barcelona Soluções Corporativas).


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