A partir da idade adulta, começa a haver no homem um declínio na produção do hormônio masculino (a testosterona). Mas, ao contrário das mulheres em que o hormônio feminino cai bruscamente, levando ao quadro de menopausa e seus sintomas característicos, no homem essa queda é gradual e os sintomas são variados ou podem não existir. Por isso o termo de andropausa não deve ser utilizado.
Prefere-se o termo Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (Daem), que pode englobar uma série de sintomas e sinais que às vezes se confundem com o de outras doenças crônicas, como por exemplo o diabetes.
Pode fazer parte do Daem: disfunção erétil e da libido, depressão, diminuição do bem-estar em geral, sudorese, insônia, fadiga, alterações do humor, irritabilidade, redução da massa muscular e aumento da gordura abdominal, maior propensão ao diabetes, redução da densidade óssea com risco de fraturas, diminuição da orientação espacial e da atividade intelectual.
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Com níveis baixos de testosterona existe também maior risco para o AVC e doenças cardiológicas. Os sintomas na área sexual poderão ser os primeiros a se manifestar, antecipando problemas mais graves no futuro.
Para que se faça a reposição hormonal há necessidade de se afastar outras causas que tem os mesmos sintomas e a presença de níveis baixos da testosterona, dosada no sangue.
Quando há indicação precisa de reposição, e que atualmente se faz preferencialmente por injeção adequadas e com intervalo de três meses, os resultados podem ser excelentes.
Deve-se observar as contraindicações para este medicamento, sendo o principal a presença do câncer de próstata, sob o risco da disseminação da doença. Há também necessidade de acompanhamento periódico.
Lauro Brandina - urologista