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Nistagmo

Um em cada mil tem tremor ocular

Redação Bonde
25 abr 2011 às 15:30

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Em geral, o nistagmo provoca incapacidade de fixar imagens e uma significativa baixa visual, especialmente para a visão à distância. - Reprodução
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Chama-se nistagmo o tremor ocular involuntário, rítmico, oscilatório e repetitivo que tem a importante missão de chamar a atenção de seus portadores para problemas oftalmológicos e neurológicos.

"O nistagmo é um movimento involuntário dos olhos, geralmente de um lado para outro, o que dificulta drasticamente a formação das imagens e leva a uma baixa visual intensa", explica o oftalmologista Mario Jampaulo, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB). Ele sinaliza que esses movimentos também podem ser verticais ou circulares e surgir isoladamente ou associados a doenças como esclerose múltipla, catarata e labirintite.

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Estima-se que este tremor ocular afete uma a cada mil pessoas. Em geral, o nistagmo provoca incapacidade de fixar imagens e uma significativa baixa visual, especialmente para a visão à distância. Esta disfunção pode ser congênita ou adquirida.

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Causas – Mário Jampaulo lembra que o nistagmo congênito difere do iniciado na fase adulta. Na infância, o tremor pode ter causas relacionadas a um defeito do olho ou na relação de comunicação entre o olho e o cérebro. O nistagmo pode ser associado também à catarata, doenças na retina, albinismo e é percebido com frequência em pacientes com síndrome de Down. Alguns tipos de nistagmo podem ser hereditários, quando passados de pai pra filho, esclarece.

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"O nistagmo adquirido pode ser um sintoma de esclerose múltipla, também pode estar associado à lesão neurológica aguda, trauma ocular intenso, labirintites, desordens na mácula (região central da retina responsável pela formação da imagem) entre outras doenças", completa.


Tratamento – O oftalmologista do HOB salienta que o nistagmo não tem cura, mesmo quando a doença que o causa é tratada. No entanto, existem artifícios para minimizar a frequência desses tremores e melhorar a qualidade de vida dos portadores dessa desordem, principalmente nas crianças. "Na infância há mais facilidade de adaptação do que na fase adulta. Portanto, é importante um apoio educacional para ajudar no processo de focalização de imagens e promover um bom condicionamento visual. Nesses casos é imprescindível que a criança tenha disponível os recursos existentes para portadores de visão subnormal desde o material didático, computadores com letras aumentadas, lupas e ampliadores", orienta Jampaulo.

Entre os recursos disponíveis para o tratamento do nistagmo estão a ortóptica (oclusão alternada), uso de óculos com prismas para corrigir o mau posicionamento da cabeça e mudança dos óculos por lentes de contato. Há ainda o tratamento a base de medicamentos que inibem os tremores e procedimento cirúrgico sobre os músculos dos olhos em busca de melhoria da acuidade visual. Atualmente, existem estudos que avaliam a influência da toxina botulínica nesses músculos com a intenção de diminuir o ritmo dos tremores, comenta o oftalmologista (com ATF Comunicação Empresarial - Assessoria de imprensa do HOB).


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