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USP descobre substâncias com poder anti-inflamatório na saliva do Aedes

Redação Bonde
07 mar 2016 às 17:33

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- Divulgação/Fotos Públicas
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Sabe o ditado que o feitiço pode virar contra o feiticeiro? Pois bem, foi exatamente isso que aconteceu em um estudo divulgado pela Universidade de São Paulo, (USP). Cientistas descobriram que a saliva do mosquito Aedes aegypti pode ser a fonte de um novo composto capaz de ajudar no tratamento de certas inflamações.

As descobertas, feita por cientistas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP, mostram que o extrato salivar do mosquito tem ação benéfica sobre doenças inflamatórias do intestino, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn.

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A equipe de pesquisa, coordenada pela professora Cristina Cardoso, testou um extrato tirado da glândula salivar do mosquito em camundongos com inflamação intestinal. Pelas pesquisas da equipe de Cristina, substâncias da saliva da fêmea do Aedes, com função de controle imunológico, possuem qualidades que poderão, eventualmente, dar origem a futuras terapias para doenças inflamatórias do intestino. Os primeiros testes foram feitos com camundongos que manifestaram os principais sintomas de doenças inflamatórias do intestino (diarreia, perda de peso e sangramento intestinal), após ingerir uma droga chamada dextran sulfato de sódio adicionada à água.

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Após três ou quatro dias recebendo o extrato de saliva do mosquito, os camundongos apresentaram uma melhora clínica geral. De acordo com a pesquisadora, "houve diminuição dos sinais clínicos relacionados à gravidade da doença (diarreia, perda de peso e sangramento), além de melhora em diferentes aspectos estruturais do próprio intestino."

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O tratamento diminuiu ainda a produção de substâncias do sistema imune associadas à piora clínica, como as citocinas inflamatórias. As citocinas são proteínas fabricadas por diferentes tipos de células durante a inflamação e estão diretamente associadas ao desenvolvimento da colite ulcerativa e da doença de Crohn.


Apesar de não se poder falar ainda em uma aplicação imediata dessa descoberta no tratamento de humanos, os pesquisadores estão otimistas. O próximo passo será aprofundar o estudo para descobrir qual das moléculas do extrato de saliva pode, de fato, ser usada com segurança em seres humanos.


Outros pesquisadores da USP já estudam o efeito potencial do extrato salivar em outras doenças inflamatórias ou autoimunes, como a esclerose múltipla e o diabetes.

(com informações do site Brasileiros)


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