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Estudo

Vacina contra HPV não piora quadros de lúpus

Redação Bonde
08 jul 2011 às 16:25

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- Reprodução
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Um estudo chinês, apresentado durante o EULAR 2011, Reunião Anual da Liga Européia Contra o Reumatismo, esclarece que a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV), Gardasil, não agrava o nível de atividade da doença nas pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e tem um perfil de segurança tolerável.

"O lúpus é uma doença auto-imune que afeta nove vezes mais mulheres do que homens. Os estudos atuais têm mostrado que a taxa de HPV entre as portadoras de lúpus é significativamente maior do que na população em geral. Portanto, é saudável e importante proteger as pacientes com LES da infecção provocada pelo HPV, responsável por câncer cervical. O estudo chinês comprova a segurança do medicamento", defende o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).

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Para realizar o estudo, os pesquisadores chineses do Tuen Mun Hospital, em Hong Kong, recrutaram 50 mulheres com lúpus, com idades entre 18 e 35 anos, que receberam uma dose estável de prednisolona e / ou imunossupressores (tratamento normal para os pacientes com LES). A vacina Gardasil foi dada no início do estudo, que durou seis meses, por via intramuscular.

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Durante todo o período da pesquisa, os escores de várias doenças e os valores de anticorpos foram registrados e analisados​​. Em seis meses, apenas três casos de erupções cutâneas foram registradas entre as participantes do estudo. Todas estas erupções foram tratadas da maneira habitual em pacientes com lúpus.

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"Assim como no caso da vacina contra a gripe, que ainda provoca suspeitas infundadas em diversos pacientes com artrite reumatóide, sei que temos uma longa batalha em prol da saúde, no caso da vacina contra o HPV para pacientes lúpicas. Mas temos que vencê-la com informação apropriada e persistência, até convencermos todas as mulheres que é seguro vacinar-se contra o vírus", defende Sérgio Lanzotti.


A infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV) tem papel importante no desenvolvimento do câncer do colo do útero. Estudos demonstram que o vírus está presente em mais de 90% dos casos de câncer cervical. A prevenção pode ser feita usando-se preservativos (camisinha), durante a relação sexual, para evitar o contágio pelo HPV.

Os principais fatores de risco estão relacionados ao início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros. Deve-se evitar o tabagismo (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados) e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, hábitos também associados ao maior risco de desenvolvimento deste tipo de câncer (com MW- Consultoria de Comunicação).


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