Atualmente o Brasil conta com uma população de aproximadamente 20 milhões de idosos, o que corresponde a cerca de 10% de toda a população do país. Este crescimento influenciou na economia, na educação e até mesmo na busca por políticas públicas que auxiliem em melhor qualidade de vida desta parcela populacional. Contudo, o aumento da violência contra idosos vai na contramão dessas iniciativas.
Além das dificuldades próprias do processo de envelhecimento, os idosos, muitas vezes, se deparam com a violência doméstica, que pode ser física ou psicológica, o desrespeito da sociedade, os maus tratos e negligência dos asilos e serviços de saúde. O último levantamento feito pelo Disque 100, serviço do do Governo Federal que recebe denúncias de violência e negligência contra pessoas idosas, informou que apenas entre os meses de janeiro a junho do ano passado, o número de reclamações foi de mais de 16 mil, um crescimento acima de 15% em relação a 2014.
De acordo com a psicóloga Simone Matias, da Rede StarClub, qualquer tipo de agressão sofrida pode desencadear problemas de ordem emocional, desde depressão até desejo de suicídio. "Eles já passam por todos os problemas decorrentes da idade, como doenças próprias do envelhecimento. Os casos de agressão geram traumas desencadeando distúrbios psicológicos", relata a especialista.
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Campanha em todo o mundo
Celebrado no último dia 15 de julho, o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa surgiu para que as pessoas fossem alertadas contra os diversos tipos de agressões, sejam de ordem física, moral ou psicológica, dirigidas às pessoas com mais de 60 anos. A lembrança desta data ganha importância no Brasil por causa da estimativa de que em 2050 o número de idosos será o dobro da população de crianças do país.