Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Levantamento da Sesa

Estudo mostra que risco de morte por Covid-19 é 22 vezes menor entre vacinados com dose de reforço

Redação Bonde com AEN-PR
01 fev 2022 às 17:03

Compartilhar notícia

- José Fernando Ogura/AEN
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Um levantamento preliminar, divulgado pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), faz uma relação direta entre o perfil dos óbitos e da maioria de internados pela Covid-19 no Paraná com o esquema vacinal da população.


O potencial de mortes entre as pessoas de 12 a 59 anos que não tomaram nenhuma vacina é de 6,59 por 100 mil habitantes. O índice de mortalidade na mesma faixa etária cai para 0,29/100 mil em pessoas com o esquema completo e o reforço; 0,75 com o esquema completo (duas doses); e 0,96 para quem tomou apenas a primeira dose. Isso quer dizer que a cada 100 mil pessoas, mais de seis morreram por não se vacinar, número inferior a um entre os vacinados, ou 22 vezes menor.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Já na faixa acima de 60 anos, considerada de risco para qualquer doença, a taxa de óbitos por 100 mil habitantes de não vacinados é de 216,32 nesse período. O indicador cai para 7,84 com o esquema vacinal completo com a dose de reforço, ou seja, 27,6 vezes menor.

Leia mais:

Imagem de destaque
R$ 8,7 bilhões no ano

Planos de saúde que viraram alvo do governo lideram lucros em 2024

Imagem de destaque
Pediatria

Reforma de ala do Hospital do Câncer tem apoio de shopping de Londrina

Imagem de destaque
Ministro da comunicação

Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia

Imagem de destaque
Balanço semanal

Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná


A análise, divulgada nesta terça-feira (1), é um recorte de 1º de dezembro de 2021 a 31 de janeiro deste ano. É como se fosse uma fotografia dos últimos meses. Nesse período toda a população tinha à disposição ao menos duas doses e a terceira já tinha sido iniciada em faixas etárias acima dos 40 anos na maioria dos municípios.

Publicidade


A conclusão é a mesma que já foi observada por diversos pesquisadores ao longo da pandemia: a campanha de imunização é a principal resposta para o controle da Covid-19.


“Estes dados mostram de forma sólida que a vacinação está protegendo os paranaenses. Hoje a nossa única arma, evitando agravamento da doença ou óbitos, é justamente pela vacina. Por isso, peço que as pessoas completem a sua imunização e tomem a dose de reforço no intervalo adequado. É uma campanha coletiva. Precisamos dessa conscientização para continuar a luta contra a pandemia”, enfatizou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Publicidade


Segundo ele, os idosos precisam desta blindagem contra o coronavírus ainda mais. "Fatores de risco, como comorbidades, podem aumentar a chance de óbitos. Este grupo também foi um dos primeiros a se vacinar, portanto, deve dar atenção à dose de reforço e aos cuidados. É uma doença que se manifesta de formas que ainda estão sendo estudadas, por isso precisamos estar atentos à vacinação”, acrescentou.


Internamentos

Publicidade


Para os internamentos de pessoas entre 12 e 59 anos, conforme apuração inicial da Secretaria no período analisado, a incidência é de 6,39/100 mil em não vacinados. Em relação aos vacinados com a dose de reforço (0,59), a diferença é 10,8 vezes maior.


O índice para o esquema vacinal completo (sem dose de reforço) do levantamento é de 1,58, e com o esquema incompleto, de 1,51.

Publicidade


Em pacientes idosos, os dados de internamentos apontaram 16 vezes mais casos entre os não vacinados, para um índice de 81,12/100 mil, em comparação a uma taxa de 5,05 de pessoas com esquema vacinal completo e também com a dose de reforço.


Nesse caso, o levantamento não inclui dados de hospitais privados e de hospitais de Curitiba, visto que a Capital possui sistema próprio de regulação.

Publicidade


Metodologia


A coordenadora da Vigilância da Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr, ressalta que o cálculo do levantamento de vacinados ou não vacinados não foi feito em cima do número absoluto de ocorrências, considerando que a maioria da população já está vacinada e nem todos os infectados pela doença são hospitalizados, justamente por apresentarem sintomas leves.

Publicidade


De acordo com ela, a metodologia epidemiológica para atribuir a efetividade da vacinação levou em conta a incidência por 100 mil habitantes. Na prática, a fórmula já é utilizada para indicação do coeficiente da circulação de doenças como a dengue e a própria Covid-19, no informe epidemiológico. O número de vacinados ou não vacinados no período é dividido pelo número de mortes e internados, e o resultado é a relação por 100 mil pessoas.


O primeiro exemplo de 6,59, a título de explicação, levou em consideração o seguinte cálculo: 485.381 paranaenses nesta faixa etária não haviam se vacinado entre 1º de dezembro de 2021 e 31 de janeiro deste ano. Destes, 32 morreram em decorrência da infecção pela doença. A taxa de óbitos é de 6,59 por 100 mil habitantes.


“Se trabalharmos com números absolutos não aumentamos o nosso universo de referência entre vacinados e não vacinados. O critério fica incompleto e equivocado. Temos que considerar a situação vacinal da população neste período para entendermos a real proteção da vacina dentro do cenário de óbitos e internações no Paraná”, afirmou.


"E temos que levar em consideração que é um levantamento inicial, uma base comparativa. É como chegamos a mais uma certeza que já tínhamos: a vacinação é a principal responsável pelo atual cenário da pandemia, com menos internamentos e mortes na comparação com a evolução dos casos", completou Acácia.


Positividade de testes


O relatório também faz uma análise da positividade dos testes no Paraná nos últimos sete dias. Segundo o SGAL (Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial), o maior índice é na Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, de 69,4%. União da Vitória está em segundo, com 63%. Acima dos 50% estão, ainda, Maringá (57,1%), Metropolitana (55,2%), Umuarama (53,4%), Londrina (51,7%), Toledo e Cascavel (51,3%), e Jacarezinho (51%). O menor indicador é da Regional de Saúde de Cianorte (36,2%). A média estadual é de 52,2%.


Resumo do levantamento


Óbitos de 12 a 59 anos


Esquema vacinal completo + dose de reforço: 0,29 / 100 mil habitantes

Esquema vacinal completo (duas doses): 0,75 / 100 mil habitantes

Apenas uma dose: 0,96 / 100 mil habitantes

Não vacinados: 6,59 / 100 mil habitantes


Óbitos de mais de 60 anos


Esquema vacinal completo + dose de reforço: 7,84 / 100 mil habitantes

Esquema vacinal completo (duas doses): 21,1 / 100 mil habitantes

Apenas uma dose: 18,38 / 100 mil habitantes

Não vacinados: 216,32 / 100 mil habitantes


Internamentos de 12 a 59 anos


Esquema vacinal completo + dose de reforço: 0,59 / 100 mil habitantes

Esquema vacinal completo (duas doses): 1,58 / 100 mil habitantes

Apenas uma dose: 1,51 / 100 mil habitantes

Não vacinados: 6,39 / 100 mil habitantes


Internamentos de mais de 60 anos


Esquema vacinal completo + dose de reforço: 5,05 / 100 mil habitantes

Esquema vacinal completo (duas doses): 12,54 / 100 mil habitantes

Apenas uma dose: 15,04 / 100 mil habitantes

Não vacinados: 81,12 / 100 mil habitantes

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo