A 17ª Regional de Saúde comunicou a Prefeitura de Londrina sobre uma nova receita de tratamento precoce que começou a circular em grupos de WhatsApp e chegou ao conhecimento das autoridades sanitárias. Em um ofício enviado ao secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a diretora da 17ª, Maria Lúcia Lopes, e o chefe da Divisão de Vigilância Sanitária do órgão, Felipe Remondi, mostram-se preocupados "com a segurança de tais combinações nos esquemas sugeridos".
O documento sugere o tratamento da variante brasileira do coronavírus com remédios já conhecidos do público, como ivermectina, azitromicina e hidroxicloroquina, mas insere novos medicamentos, como bromexina, enoxaparina e colchicina. São 16 no total. O "protocolo" divide a aplicação em dois estágios, dependendo se o paciente for ou não de risco. "Orientamos que a secretaria esclareça os profissionais para fazer frente a publicações como esta, que se valem de propaganda em um contexto de medo para encontrar meios de difusão", ressaltam os representantes da 17ª Regional.
Segundo o médico da Seção Epidemiológica da pasta, Fábio Garani, "para ser desenvolvido, um protocolo precisa de amparo científico e órgãos de saúde que respaldem os resultados. Esse que viralizou não é nem assinado. Tem nomes de dois profissionais, mas sem o CRM, que é a certificação no Conselho Regional de Medicina".
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