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Caso sério

Álcool: um grave problema de saúde pública

Redação Bonde
17 fev 2011 às 15:37

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- Divulgação
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De acordo com dados da OMS, o álcool causa quase 4% das mortes no mundo todo, mais do que a Aids, a tuberculose e a violência. Cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente por causas relacionadas ao álcool, apresentou a Organização em seu "Relatório Global da Situação sobre Álcool e Saúde". O Dia Nacional de Combate ao Álcool acontece em dia 18 de fevereiro.

Álcool e drogas: Estudo britânico divulgado recentemente aponta que, em relação aos danos causados aos usuários e à sociedade, o álcool foi considerado mais prejudicial do que o crack ou a heroína, por um comitê especializado.

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Álcool e mulher: Estudos epidemiológicos indicam aumento do consumo de álcool entre as mulheres, nos países da América Latina e Estados Unidos. O tema é relevante, pois a intensidade dos efeitos dessa substância no organismo das mulheres é mais exacerbada em comparação aos homens.

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Álcool e gravidez: Pesquisas indicam que muitas mulheres consomem bebidas alcoólicas durante a gestação. Em decorrência deste comportamento, tanto a saúde do feto como a da mãe podem sofrer efeitos negativos, uma vez que o álcool atravessa a placenta. Entre as consequências relacionadas ao consumo de álcool durante a gravidez, a mais grave e comum é a Síndrome Fetal Alcoólica (SFA), apontada como a maior causa evitável de retardo mental em crianças.

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Álcool e transtornos alimentares: De acordo com estudos científicos, a relação entre os transtornos alimentares e os transtornos relacionados ao uso de álcool é de mão dupla. Muitos dos indivíduos com transtornos alimentares, como a anorexia, bebem para amenizar a dor e a angústia de não "poder" comer e ainda acreditam que a bebida não engorda ou que ajuda a controlar a fome. A sensação de que o álcool diminui a fome ocorre porque o álcool aumenta a liberação de leptina, uma substância associada à sensação de saciedade. Entretanto, as bebidas alcoólicas fornecem calorias, mas poucos nutrientes, o que pode levar as pessoas que realizam o consumo de álcool em detrimento ao de alimentos a quadros graves de desnutrição, entre outros problemas advindos da alimentação inadequada. Além disso, quando se está com estômago vazio, o álcool é absorvido mais rápido e exerce seus efeitos mais intensamente, podendo ocasionar gastrites e úlcera.


Álcool e jovens: Estudo brasileiro avaliou a associação entre o uso pesado de álcool por estudantes e fatores familiares, pessoais e sociais. Foram entrevistados 48.155 estudantes de escolas públicas, com idade entre 10 e 18 anos. Os resultados mostram que os fatores associados a uma maior chance de ter feito uso pesado de álcool foram: ter mais de 15 anos de idade, relação ruim ou regular com pai e mãe, perceber o pai como liberal, não ter filiação religiosa e ter trabalho formal. Desta forma, a pesquisa sugere que ter ligações familiares mais fortes e seguir uma religião podem auxiliar na prevenção do uso abusivo de álcool entre estudantes. Além disso, as consequências negativas do consumo nocivo de bebidas alcoólicas podem permanecer no início da idade adulta. Esta foi a indicação de pesquisa australiana divulgada pelo CISA, apontando que metade dos homens que faziam uso pesado episódico de álcool na juventude continuou a fazê-lo no início da idade adulta, comportamento que acaba por consistir em forte preditor para se tornar um bebedor crônico na idade adulta.

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Álcool e violência: Estudo brasileiro destaca o uso de álcool como um fator importante no processo de vitimização por homicídios em São Paulo. Entre os resultados, a pesquisa apontou que 43% das vítimas de homicídios analisadas apresentaram níveis de álcool no sangue superiores a 0,2 g/l, e que 56,4% das vítimas mortas nos fins de semana estavam alcoolizadas, o que pode estar relacionado ao consumo de álcool de alto risco em bares e festas, mais comuns nesses dias.


Álcool e afogamento: A combinação de bebida alcoólica e banho de mar ou em rios, represas e cachoeiras pode tornar-se perigosa, principalmente quando associada a imprudência e desconhecimento das áreas de perigo. Estima-se que o uso de álcool esteja associado a cerca de 25 a 50% das mortes de adolescentes e adultos relacionadas a atividades recreativas aquáticas.


Mitos sobre o consumo de álcool: Grande parte das pessoas que bebe em excesso acaba tendo problemas com a direção de veículos, porque não são capazes de reconhecer que a destreza necessária para a direção, além de outras habilidades importantes, como a tomada de decisões, são prejudicadas muito antes de os sinais físicos da embriaguez começarem a aparecer. Outro engano muito comum é subestimar os efeitos duradores do álcool em nosso corpo. Alguns acreditam que parar de beber ou tomar um copo de café podem torná-los aptos a dirigir com segurança. A verdade é que o álcool continua a afetar o cérebro, mesmo após a última dose, prejudicando a coordenação e a capacidade de julgamento até mesmo horas depois da ingestão de bebidas alcoólicas.

Lei Seca: O CISA destaca a influência positiva da Lei 11.705/08, popularmente conhecida como Lei Seca, para a mudança de comportamento dos motoristas, que se tornaram mais responsáveis em relação à mistura "álcool e direção". A ONG defende, ainda, a intensificação da fiscalização e a aplicação de punição para os infratores como formas de garantir a continuidade da eficácia da lei (com informações PLANIN Worldcom - Assessoria de Imprensa).


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