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Anticoncepcionais podem aumentar o risco de trombose

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
10 set 2018 às 11:52

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Casos de mulheres que utilizaram pílulas combinadas como método contraceptivo e tiveram problemas de saúde geram grande repercussão na mídia e dúvidas nas pacientes. Esse tipo de anticoncepcional tem como base a combinação de diferentes hormônios sintéticos, geralmente um estrogênio e um progestágeno, que inibem a ovulação e possuem uma eficácia de 95 a 99%, quando utilizado conforme instruções médicas. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mulheres que utilizam pílulas possuem de quatro a seis vezes mais chances de desenvolver trombose, e o risco aumenta com a idade. "A incidência é que quatro a cada dez mil mulheres tenham a doença, e, entre 35 e 39 anos, o número passa para nove a cada dez mil", conta o ginecologista e obstetra Jan Pawel Andrade Pachnicki, professor do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP). Além de evitarem a gravidez, as pílulas podem auxiliar no tratamento de acnes, cólicas menstruais, sangramentos irregulares, diminuição do fluxo menstrual, entre outros sintomas.

Apesar da facilidade de acesso a esses medicamentos, segundo o médico, a prescrição, o aconselhamento e o acompanhamento médico é de suma importância. "Há diversos tipos de pílulas anticoncepcionais no mercado. Não existe uma única ideal, cada caso deve ser analisado para que a indicação seja correta", explica o médico. Segundo relatório da ONU, 79% das mulheres no Brasil utilizam algum tipo de método contraceptivo, como esterilização, camisinha, DIU e pílulas. As pílulas representam 24% do total mas, apesar de muito populares, grande parte das mulheres relatam problemas após o uso. "Apesar das composições terem mudado, da dose estrogênica ter diminuído, os riscos de desenvolver doenças venosas, por exemplo, ainda existem", alerta Pachnicki.

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Uma das doenças que podem ter seu risco aumentado com o uso de anticoncepcionais é a trombose venosa. Caracterizada pela formação de coagulação de sangue em uma veia profunda, a trombose acontece, geralmente, em membros inferiores, como panturrilhas e coxas. Segundo o médico, as veias da perna têm, naturalmente, maior dificuldade de transportar o sangue para o coração (retorno venoso prejudicado) - e o uso de pílulas contendo etinilestradiol podem potencializar essa complicação: "a piora do retorno venoso e lesões nos vasos de membros inferiores aumentam a chance da formação de um trombo pelo uso de alguns contraceptivos. Se os coágulos de sangue se soltam, há risco de pararem nos pulmões ou no cérebro, bloqueando o fluxo sanguíneo e levando à morte". Pachnicki adiciona que, além do uso do contraceptivo, histórico familiar de trombofilias, obesidade e uso de cigarro podem elevar ainda mais os riscos de trombose.

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Importância do diagnóstico


Estima-se que cerca de 60% das predisposições à trombose sejam atribuídas a fatores genéticos. Os testes moleculares permitem determinar este risco de forma preventiva, garantindo uma melhor qualidade de vida ao paciente. "Um diagnóstico assertivo e precoce é essencial para o acompanhamento médico adequado, permitindo a tomada de ações antecipadas antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas", comenta o gerente do DB Molecular, Nelson Gaburo. "Os exames moleculares permitem fazer um acompanhamento preciso da saúde da mulher. Alguns, conseguem pesquisar alterações genéticas no feto, ainda durante a gestação, utilizando como amostra o sangue materno, sem oferecer qualquer risco ao feto", explica o gerente.

A pesquisa de predisposição à trombofilia pode ser realizada a partir de uma amostra simples de sangue, utilizando a metodologia de PCR em tempo real. Dessa forma, é possível determinar o risco do indivíduo em desenvolver a formação de trombos, que podem inclusive causar perdas fetais repetidas. Gaburo também comenta que, com o resultado do teste genético, podem ser tomadas ações preventivas para evitar a formação destes trombos, como o início de um tratamento medicamentoso e mudança no estilo de vida da paciente.


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