O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) e o secretário municipal de Saúde, Mohamad El Kadri, não conseguiram convencer os técnicos do Ministério da Saúde de que Londrina precisa de mais dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para custear os atendimentos das chamadas média e alta complexidade. Eles estiveram em Brasília nesta semana conversando com os técnicos, mas voltaram para a cidade com as "mãos abanando" e sem nenhuma perspectiva. "Vamos precisar refazer os nossos estudos e apresentar novos dados em alguma outra oportunidade", contou o secretário de Saúde em entrevista ao Bonde nesta sexta-feira (27).
Pelo levantamento do município, o teto do SUS para Londrina está defasado em R$ 3 milhões. Os cerca de R$ 12 milhões enviados por mês para a cidade não são suficientes para custear as consultas, internações e plantões realizados nos hospitais públicos e filantrópicos. "O usuário não fica desassistido, mas a dívida da prefeitura com as instituições aumenta entra mês, sai mês", explicou o secretário.
Com R$ 15 milhões mensais, de acordo com ele, o município conseguiria bancar todos os procedimentos previstos e melhorar a relação que possui com os hospitais, que alegam ter a necessidade de tirar dinheiro dos próprios orçamentos para pagar os médicos e comprar materiais essenciais.
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Mohamad El Kadri lembrou que a atual administração tenta acabar com o déficit mensal há dois anos. Segundo ele, o Ministério da Saúde chegou a admitir que o valor enviado para Londrina era insuficiente, mas acabou voltando atrás nesta semana. "Enquanto isso, o déficit não para de aumentar".