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Aumenta o número de mulheres vítimas de AVC e infarto

Redação Bonde
17 dez 2011 às 12:46

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- Divulgação
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Por muito tempo se pensou que os homens eram o principal grupo de risco para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares. Mas esse cenário mudou, e a cada ano aumenta o numero de mulheres vítimas dessas doenças. Só no Brasil, quase 20 mil mulheres morrem todos os anos devido a esses males. As duas maiores causas de morte entre as brasileiras são de causas surpresa a muitos: o AVC (acidente vascular cerebral) e o infarto. E a incidência dessas doenças vem crescendo entre as mulheres, sendo que o índice de mortalidade por infarto é maior no público feminino.

"Os homens sofrem três vezes mais infartos do que as mulheres, mas nas mulheres o episódio é mais fatal. Várias razões levam a isso, principalmente a demora em identificar o problema cardiovascular entre as mulheres. Quando elas descobrem, a doença já evoluiu", alerta a Dra. Magaly Arrais, cirurgiã cardiovascular do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do HCor (Hospital do Coração).

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Outro motivo da demora no diagnóstico são os sintomas diferentes dos relatados pelos homens. Quando o homem vai ter um infarto, costuma sentir uma forte dor no peito que irradia para os braços. Entretanto, nas mulheres é mais comum sentir náusea, fraqueza, dores gástricas e falta de ar – sintomas que podem ser confundidos com outras doenças.

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O aumento da incidência de eventos cardiovasculares na mulher é consequência do envelhecimento natural e do estilo de vida. "A mulher geralmente acumula vários papéis. Ela trabalha fora, cuida da casa e da família. O ritmo acelerado expõe a mulher a muito estresse e favorece hábitos pouco saudáveis, como sedentarismo e má alimentação", diz a médica.

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Com o envelhecimento, a pressão arterial e o nível de colesterol tendem a aumentar. A falta de atividade física e a dieta inadequada levam ao sobrepeso e à obesidade, que também aumentam o risco cardiovascular. Aliás, a obesidade é um dos fatores de risco mais preocupantes, já que o número de mulheres obesas no Brasil cresceu 64% em 10 anos. Quando a mulher fuma e usa pílula anticoncepcional, os riscos cardiovasculares são triplicados.


"As mulheres geralmente assumem a função de gerenciar a saúde do marido e dos filhos. No cuidado com a própria saúde, costumam frequentar o médico ginecologista, mas poucas procuram um cardiologista", ressalta a Dra. Magaly.

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Para alertar o público feminino sobre a importância de cuidar da saúde cardiovascular, a Medtronic lançou no Brasil a campanha "O que mais existe por trás de um biquíni?". A ação visa estimular as mulheres a fazer o check-up do coração regularmente e adotar um estilo de vida saudável, evitando complicações no futuro. A campanha integra a iniciativa global da Medtronic de combate às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as doenças que mais matam no mundo.


"A intenção da campanha é lembrar que o coração da mulher precisa de mais atenção. Queremos estimular as mulheres a fazer o check-up do coração regularmente e adotar um estilo de vida saudável, evitando complicações no futuro," afirma Oscar Porto, diretor geral da Medtronic no Brasil.

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A campanha "O que mais existe por trás de um biquíni?" integra a iniciativa global da empresa de combate às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as doenças que mais matam no mundo, e tem o apoio da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) e da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).


Fatores de risco cardiovascular

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Os fatores de risco cardiovascular são os mesmos para as mulheres e os homens. Mas, enquanto alguns desses fatores não podem ser controlados, tais como sexo, idade e histórico familiar, a maioria deles pode ser evitada por meio de mudanças de comportamento. Alguns fatores que podem ser modificados: o tabagismo, a obesidade, a má alimentação e o sedentarismo.


"Muitos fatores de risco podem ser controlados. Se a pessoa tiver uma alimentação adequada, praticar exercícios físicos regularmente e parar de fumar, reduzirá em 80% o risco de infarto agudo do miocárdio", ressalta a cardiologista.

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As doenças cardiovasculares nas mulheres


· No mundo, as doenças cardiovasculares são a maior causa de mortes entre as mulheres, com mais de 8 milhões de mortes por ano. Este número é oito vezes maior do que o de mortes por câncer de mama.

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· O uso concomitante de pílula anticoncepcional e cigarro pode acarretar morte súbita.


· O infarto em mulheres é mais fatal do que entre os homens.


· No Brasil, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres.


· Entre as brasileiras, 1 em cada 5 mulheres adultas está em risco de desenvolver doenças cardiovasculares.


· Os sintomas das doenças cardíacas nas mulheres podem ser diferentes dos sintomas nos homens.


· Apesar do alto risco, poucas mulheres visitam o cardiologista regularmente.


Prevenção e Tratamento


· Observar o histórico familiar.


· A partir dos 40 anos, as mulheres devem fazer uma avaliação anual com cardiologista para rastreamento e controle de risco cardiovascular.


· Consultas periódicas com ginecologista para uso correto dos anticoncepcionais.


· No climatério e após a menopausa, é preciso redobrar a atenção, pois os índices de infarto aumentam.


· Prática regular de exercícios físicos – pelo menos 30 minutos de atividade física diária.


· Dieta balanceada, consumo reduzido de sal e açúcar.


· Não fumar.


· Circunferência abdominal da mulher brasileira deve ter no máximo 80 cm.

Elaine Lewis - Edelman Brasil


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