Uma nova tecnologia de testagem rápida de dengue, zika e chikununya foi desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio Manguinhos, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), e já recebeu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O teste exibe o resultado em 15 minutos e pode identificar ainda se a infecção está no início ou se já se instalou há mais tempo.
O gerente da área de desenvolvimento tecnológico em diagnóstico de Bio Manguinhos, Antônio Ferreira, contou que o trabalho de desenvolvimento do teste durou cerca de um ano e meio e chegou a um dispositivo mais preciso na identificação da dengue e da zika e ao primeiro teste rápido de chikungunya.
"Os testes que a gente vem utilizando no Brasil têm um desempenho um pouco insatisfatório pelo que se gostaria de se obter. Esse teste que estamos disponibilizando agora e terminamos de conseguir o registro junto à vigilância sanitária, vem com um desempenho muito mais aprimorado", diz ele, que explica: "A partir de uma pequena amostra de sangue coletada até por uma pulsão digital, você faz poucos procedimentos muito simples com um cartucho, um pequeno dispositivo, em que está tudo ali dentro para você trabalhar".
Leia mais:
Cambé promove mutirão de limpeza contra a dengue na região do Novo Bandeirantes neste sábado
Usina nuclear de Angra 2 testará produção de remédio contra câncer
Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes que se tratam com cannabis medicinal
Deborah Blando revela que tem fibromialgia há 36 anos
Existem kits de testagens para cada uma das três doenças e um kit que pode verificar a presença de todas elas produzindo seis respostas, uma vez que é possível identificar se a infecção é recente ou não, pelo tipo de anticorpo encontrado na amostra de sangue.
"A gente está completamente pronto para estabelecer as produções aqui e a comercialização", afirma ele, que conta que o Instituto Bio Manguinhos já tem os insumos necessários para a produção dos testes. A capacidade de produção pode chegar a 10 milhões de testes por ano, o que vai depender das encomendas que vierem do Ministério da Saúde.