Enfrentar as doenças crônicas, como câncer e diabetes, fazer intercâmbio de boas práticas, de soluções inovadoras e de profissionais de saúde. Estes são alguns dos objetivos do memorando de entendimento assinado, nesta quarta-feira (03), entre os ministros da Saúde do Brasil, Arthur Chioro, e da Dinamarca, Nick Haekkerup.
Além da comitiva do ministro da Saúde, empresários e cientistas dinamarqueses estão no Brasil para conhecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e avaliar quais as ações que podem ser objetos de cooperações. Os dois países possuem desafios comuns para a sustentabilidade dos serviços públicos de saúde.
O documento assinado pelos ministros já prevê pelo menos cinco pontos de colaboração entre os dois países: boas práticas em políticas de saúde pública, soluções inovadoras para a sustentabilidade de sistemas públicos de saúde, intercâmbio de profissionais de saúde, pesquisadores e gestores de saúde, pesquisa e inovação em saúde e tecnologias da informação e da comunicação aplicadas à saúde.
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O memorando de entendimento apresenta os princípios gerais para o início da troca de experiências entre os dois países.
Para o ministro da Saúde do Brasil, Arthur Chioro, existem várias possibilidades de cooperação entre os dois países. O envelhecimento da população e seus impactos na saúde, com as doenças crônicas, é apontado por Chioro como um dos principais pontos de intercâmbio.
"A expectativa de vida da população dinamarquesa cresceu muito, assim como vem ocorrendo com os brasileiros, e, por isso, eles lidam há mais tempo com os cuidados com diabetes, hipertensão e estratégias de cuidado domiciliar, e podem contribuir muito conosco nessa área" afirmou o ministro, que ressaltou ainda a gestão de hospitais públicos como outra possibilidade de parcerias.
O ministro dinamarquês, Nick Haekkerup, disse ter ficado impressionado com os avanços do Brasil no setor da saúde nos últimos 20 anos. Na sua avaliação, os dois países podem aprender muito em uma atuação conjunta. "Embora a Dinamarca, ao contrário do Brasil, tenha uma população pequena, os dois países possuem desafios em comum, como o enfrentamento de doenças crônicas e o aperfeiçoamento dos sistemas públicos de saúde", disse Nick Haekkerup.
Ele destacou como seu país pode contribuir com o Brasil. "Temos a área de telemedicina bastante avançada, tema que podemos compartilhar. Precisamos aprofundar as parcerias para que os progressos venham" ressaltou o ministro Nick Haekkerup.
A pesquisa científica é outra área em que os dois países podem trabalhar em parceria. O Governo Federal desenvolveu pelo Ministério da Ciência e Tecnologia com coordenação do Ministério da Saúde as plataformas de conhecimento que possibilitam o intercâmbio de profissionais e até mesmo o desenvolvimento de produtos e medicamentos.
"Essa é uma área que, para o SUS, é muito importante. Além da assistência à população, o Sistema Único de Saúde também representa insumos farmacêuticos, produção de vacinas, de equipamentos e de sistemas de informação, que são essenciais para melhorar a saúde da população brasileira" finalizou o ministro.