A campanha "Doe Sangue Pelo Esporte" foi lançada nesta terça-feira (1º) buscando sensibilizar e incentivar a doação de sangue. Atletas, familiares e amigos são o público alvo, mas toda a comunidade pode participar.
A iniciativa é da Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Hemepar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná), e em conjunto com a Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba. A parceria surgiu em 2003 e acontece sempre no inverno, quando, devido ao frio e às férias escolares, normalmente ocorre uma queda no número de doações. Com a pandemia da Covid-19 a redução foi ainda mais acentuada.
Campanha: Em 2021, o lançamento e a divulgação da campanha serão por meio das mídias sociais. "Toda população está convidada a participar da campanha. Para os atletas atendidos pelo programa de Incentivo ao Esporte da prefeitura, a doação é considerada uma das contrapartidas sociais previstas no programa”, destaca a diretora do Hemepar, Liana Andrade Labres de Souza.
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Até o dia 31 de julho, quem fizer o cadastro como doador de sangue e de medula óssea no Hemepar concorrerá a camisas dos times paranaenses autografadas pelos jogadores. "Por ser ano olímpico outras modalidades também estão participando da campanha. Caso o doador queira, poderá escolher brindes de esportes como futebol americano, judô ou beach tennis, por exemplo”, completa a diretora.
Sangue: O Hemepar é o órgão responsável no Paraná pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 385 hospitais públicos, privados e filantrópicos, além de atender 92,8% de leitos SUS no Estado. A necessidade de coleta para atender a demanda em Curitiba e Região Metropolitana é de cerca de 180 bolsas por dia. Com a pandemia da Covid-19, o número de coletas está em torno de 100 diárias.
"Nossa necessidade é diária. Se recebemos menos doações em um dia isto impacta em toda a rede. Sempre haverá alguém precisando de sangue, seja por uma cirurgia ou para tratamento de uma doença. Precisamos que os paranaenses continuem sendo solidários e nos ajudem a manter nossos estoques”, acrescenta Liana.
Medula Óssea: O Paraná tem hoje 552.022 candidatos a doadores de medula óssea cadastrados. Liana comenta que parece muito, mas, levando-se em conta que a possibilidade de encontrar um doador compatível é de 1 para 100 mil, conclui-se que é necessário um número bem maior de cadastros. "Aumentando o número de candidatos cadastrados certamente ampliamos a possibilidade de que mais pacientes consigam o seu doador compatível”, afirma.
Cadastro: Para se cadastrar como doador de medula, o interessado precisa dirigir-se até um Hemocentro, preencher um cadastro e coletar uma pequena amostra de sangue para a realização do exame HLA. Os dados individuais e os resultados do exame são inseridos no Registro de Dadores de Medula Óssea (Redome) e, quando é apontada a compatibilidade, o doador é chamado para exames confirmatórios.
Se confirmada a compatibilidade, o doador seguirá para o transplante, que pode ser feito por punção no osso ilíaco ou por coleta de sangue periférico. A regeneração no organismo do doador acontece após 15 dias. Segundo o Redome, hoje há no Paraná 850 pacientes aguardando um doador de medula compatível.
O ideal é que cada pessoa doe sangue pelo menos duas vezes ao ano. O agendamento das doações pode ser feito no site da Secretaria de Estado da Saúde.
Covid-19: Pessoas imunizadas contra o novo coronavírus podem fazer doações de sangue normalmente, desde que aguardem o período estipulado para cada tipo de vacina.
A Coranovac/Butantan estabelece um prazo de 48 horas após o recebimento da vacina para que o cidadão possa fazer doação de sangue e a AstraZeneca/Fiocruz e a Pfizer/Comirnaty/BioNtech pedem o intervalo de sete dias para a doação.