O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (23) o lançamento de tecnologia brasileira para a realização de exames que identifiquem o vírus da gripe suína. Segundo o governo, foram investidos R$ 3,36 milhões no projeto. Com a tecnologia nacional, o tempo de análise será reduzido pela metade: de 8h para 4h. O Kit Nacional para Diagnóstico da Influenza H1N1 será fabricado por um consórcio entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Laboratório de Bio-Manguinhos e do Instituto Carlos Chagas; o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). O primeiro lote terá 30 mil testes para detectar a doença em pacientes internados com suspeita de gripe suína.
Ainda de acordo com o ministério, o teste brasileiro é cerca de 60% mais barato que os insumos importados. O material produzido em outros países custa entre R$ 100 e R$ 150, enquanto o kit nacional custa R$ 45, aproximadamente. "O produto brasileiro é mais eficiente, mais barato e vai nos permitir trabalhar no diagnóstico de outras doenças. Estamos apresentando não só um exame, mas uma nova plataforma tecnológica", disse o ministro José Gomes Temporão, que participou do lançamento do kit nacional em Brasília.
Segundo o ministério, o Brasil terá capacidade de produzir 80 mil testes por mês para o diagnóstico de Influenza H1N1. O teste será distribuído aos três laboratórios de referência para o diagnóstico da gripe H1N1 - Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ), Instituto Evandro Chagas (IEC-PA) e Instituto Adolf Lutz (SP); e a três Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) localizados no Distrito Federal, no Paraná e na Bahia. Por enquanto, o teste nacional não estará disponível para laboratórios particulares.