A Câmara Municipal de Londrina e a Associação de Assistência à Criança Cardiopata Pequenos Corações (AACC Pequenos Corações), núcleo Londrina, promovem hoje (segunda-feira,13) na sede do Legislativo Municipal, uma sessão especial alusiva ao Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. A data marca o lançamento nacional da campanha que será lançada pela AACC Pequenos Corações que tem como tema central deste ano despertar a comunidade para a importância do diagnóstico precoce da cardiopatia congênita que permitirá o tratamento mais rápido e eficaz das crianças com a doença.
Em Londrina, a data foi instituída no calendário oficial da cidade em abril deste ano por meio da lei nº. 11.182 de autoria do ex-vereador Gaúcho Tamarrado. A solenidade desta segunda-feira atende requerimento da vereadora Sandra Graça (PP) e deverá contar com a presença de amigos da AACC Pequenos Corações, pais de crianças diagnosticadas com a doença além de médicos e outros profissionais da área da saúde - conhecidos como Amigos do Coração - que diariamente enfrentam o desafio de lidar com as famílias de crianças cardiopatas.
O que é - De acordo com informações disponíveis no site da AACC Pequenos Corações, a cardiopatia congênita é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras oito semanas de gestação quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca, mesmo que descoberto no nascimento ou anos mais tarde. É o defeito congênito mais comum e uma das principais causas de óbitos relacionados as malformações congênitas.
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Larrisa Mendes, uma das fundadoras da entidade, informa que um estudo apresentado durante o último Congresso Brasileiro de Cirurgia Cardiovascular mostrou que todos os anos cerca de 130 milhões de crianças nascem no mundo com algum tipo de cardiopatia congênita. No Brasil nascem, anualmente, cerca de 23 mil crianças com problemas cardíacos, ou seja, a cada 100 bebês nascidos vivos, um é cardiopata. Deste total, segundo dados da AACC, 80% precisará de uma cirurgia cardíaca, mas infelizmente cerca de 13 mil não recebem o tratamento em razão da falta de vagas e de preparo da rede pública como também da falta de informação sobre a necessidade do diagnóstico pré-natal.
"Daí a necessidade do diagnóstico precoce que permitirá encaminhar a gestante para o tratamento adequado. Este é o principal foco do nosso trabalho até junho do ano que vem", lembra Larissa Mendes informando ainda que as pessoas que contam com planos de saúde têm mais chances de receber informações e como conseqüência buscar assistência médica e apoio psicológico. "Na rede pública a situação é muito complicada, existem poucos cardiopediatras e a remuneração para este trabalho é insignificante." (com informações Câmara de Londrina)