Mulheres clinicamente obesas não devem fazer dieta para melhorar sua saúde, mas sim exercício, indica um estudo divulgado por pesquisadores britânicos. Segundo a pesquisa, de cientistas da Leeds Metropolitan University e da University of Hull, fazer aulas de ginástica em vez de dieta trouxe melhorias significativas à saúde e ao bem-estar de mulheres obesas. As informações são da BBC Brasil.
Participaram do estudo 62 voluntárias com idades entre 24 e 55 anos que apresentavam um Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30kg/m2, ou seja, eram classificadas como clinicamente obesas. Elas receberam aulas sobre bons hábitos alimentares e como cozinhar, além de apoio psicológico. Um ano mais tarde, haviam perdido pouco peso, mas estavam fisicamente mais fortes e contentes consigo mesmas.
Carga de atividade - O programa de exercícios incluía quatro horas de atividade física por semana. Entre as modalidades disponíveis estavam hidroginástica, tai chi e ginástica para condicionamento físico.
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As participantes aprenderam a decifrar rótulos de alimentos e fizeram sessões de terapia para aprenderem a reconhecer sinais do organismo indicando quando tinham fome ou estavam cheias.
Um dos exercícios encorajava as participantes a comerem pedacinhos de uma barra de chocolate ao longo de uma semana. As mulheres, no entanto, foram liberadas a comer tudo o que quisessem, mas com moderação.
Resultados - As voluntárias perderam pouco peso, cerca de quatro quilos, depois dos três primeiros meses. Mas sua saúde melhorou significativamente. Os índices de batimentos cardíacos e de colesterol caíram, assim como a pressão sangüínea.
As participantes disseram também que sentiam um maior bem-estar, menos estresse e maior satisfação consigo próprias e em relação à própria imagem.
A psicóloga Erika Borkoles, da Leeds Metropolitan University, disse que profissionais de saúde precisam se concentrar em ajudar as pessoas a ficar saudáveis em vez de simplesmente perder peso. "O importante é que não orientemos as pessoas ao fracasso. A saúde psicológica e física e os fatores de risco metabólicos melhoraram muito", disse Borkoles. "Isto deveria nos levar a pensar diferentemente sobre programas de intervenção."