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Derivado da maconha

Estudo em universidade avalia o efeito do canabidiol no controle da ansiedade em pessoas com Parkins

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
04 abr 2017 às 17:00

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- Reprodução/Pixabay
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O docente Marcos Hortes, do Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é orientador de uma pesquisa que pretende conhecer o efeito da substância chamada canabidiol no combate à ansiedade em pacientes acometidos pelo Parkinson, doença progressiva do sistema neurológico que afeta principalmente o cérebro de pessoas na terceira idade.

O Parkinson é caracterizado, principalmente, por prejudicar a coordenação motora e provocar tremores e dificuldades para caminhar e se movimentar. O canabidiol é um dos principais componentes da maconha, mas seu efeito no organismo não leva a quadros de psicose ou alucinação, que são provocados por uma outra substância chamada THC. "O canabidiol tem o efeito antagônico ao THC que possui as propriedades psicoativas da maconha", explica Hortes. O canabidiol tem sido usado em diversos tipos de tratamento, como em casos de epilepsia em crianças e seu uso foi autorizado no Brasil, apesar de o produto ser importado.

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De acordo com Marcos Hortes, pesquisas anteriores já apontaram para o efeito neuroprotetor do canabidiol em idosos com Parkinson, que relataram melhora na qualidade de vida, do sono, de sintomas de depressão e ansiedade. "Nossa pesquisa pretende, agora, fazer uma análise específica no uso do canabidiol no controle da ansiedade em parkinsonianos e checar o quanto esse efeito pode reduzir os tremores que acometem esses pacientes", relata Hortes. De acordo com o professor, o tremor é um efeito natural do Parkinson, mas que é aumentado no caso de pacientes com a doença que também sofrem com a ansiedade.

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Os voluntários passarão por um teste de simulação de falar em público, que induz a pessoa à ansiedade. O teste será aplicado duas vezes em dias diferentes. Em um dos dias, o voluntário receberá uma dose do canabidiol e no outro dia receberá um medicamento placebo (remédio de farinha). A ideia é comparar se os tremores diminuem quando os pacientes recebem as medicações. Além da simulação, os pesquisadores também farão medida da pressão arterial e da frequência cardíaca durante o teste e avaliação cognitiva dos indivíduos antes da simulação.


Os voluntários podem ser homens ou mulheres com Parkinson, em qualquer idade, que não tenham quadros cognitivos e comorbidades clínicas graves, que estejam utilizando doses estáveis de medicamento antiparkinsoniano e não façam uso de ansiolíticos (calmantes). "Os testes não têm nenhuma interferência no tratamento dos pacientes", afirma Hortes.

A expectativa é confirmar a ação do canabidiol no combate à ansiedade e, por consequência, na diminuição dos tremores causados pela ansiedade em portadores de Parkinson. "Com isso, nossa expectativa é que o canabidiol possa ser usado no tratamento da doença, no entanto, sem os efeitos colaterais que os medicamentos mais conhecidos provocam", finaliza o docente. Os interessados em participar da pesquisa podem entrar em contato com os pesquisadores pelos e-mails [email protected] e [email protected].


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