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Fotógrafo e escritor, jovem autista faz palestra na região de Londrina

Julia Ilkiu - Estagiária*
12 jun 2019 às 17:16
- Reprodução/Instagram
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O autismo é um assunto muito abordado por psicólogos e educadores na atualidade. Mas, é muito importante entender o que o próprio autista pensa sobre a vida e o seu cotidiano.


Com o intuito de conscientizar e incentivar o desenvolvimento das pessoas com o Transporte do Espectro Autismo (TEA), o fotógrafo e escritor Nicolas Brito Sales faz uma palestra em Arapongas nesta terça-feira (18), acompanhado de sua mãe, Anita Brito, e o pai, Alexsander Sales. A família é uma das principais referências nas redes sociais sobre o assunto com milhares de seguidores em seus perfis.

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A inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site. A palestra será realizada no Cine Teatro Mauá, localizado na rua Uirapuru, número 55, em Arapongas e terá início às 19h. O tema do evento é "TEA: Ciência, Família e superação".

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A família realiza palestras desde 2010 pelo Brasil. Eles já passaram por todas as regiões para incentivar e conscientizar a população sobre o autismo. Nicolas recebeu o diagnostico aos cinco anos e começou a falar aos 11 anos. Logo que começou a dialogar, pediu a mãe para que pudesse realizar as palestras com ela: "Mãe, se você vai falar da minha vida eu quero falar também", contou o pai em entrevista ao Portal Bonde.

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"A palestra foi importante para o Nicolas porque motivou e desenvolveu a relação dele com a sociedade, quanto mais palestrava mais se desenvolvia", conta Alexsander. Além de conscientizar, a palestra visa mostrar as diversas possibilidades de desenvolvimento. "Tem como você tratar as pessoas para que elas tenham qualidade de vida. Antigamente, essas pessoas eram isoladas, mas hoje existe um mundo muito maior a ser descoberto."


Alexsander diz que através dessas palestras é possível diminuir o preconceito com o TEA. O pai ainda frisa que existem diversos tipos de autismo, dentre eles os graus de comprometimento: leve, moderado e severo. Cada um tem seu tratamento e deve ter cuidados especiais. No entanto, o pai reforça que o diagnóstico precoce pode solucionar e prevenir muito sofrimento. "O diagnóstico é muito importante porque melhora a possibilidade de correr atrás do desenvolvimento deles e ir atrás dos cuidados necessários como a terapia", ressaltou.

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É a segunda vez que a família passa por Arapongas. No último evento na Cidade dos Pássaros, o tema foi "Tudo que eu posso ser", nome de um dos livros de Nicolas. "Durante as palestras tratamos da nossa caminhada, das dificuldades e das superações que vivemos. O Nicolas quer levar um pouco da sua experiência para orientar os pais e profissionais", conta.


"Falta conhecimento sobre o autismo. Ouvir falar não quer dizer que conhece. Não tem espaço, nem incentivo pra família, muitos deixam de trabalhar e não tem condição de investir na qualidade de vida. Hoje, o Nicolas conquistou um status diferentes em relação ao conhecimento através das palestras, mas os autistas sofrem, e o Nicolas não está livre desse preconceito, mas ele está ciente de quem ele é e de seu conhecimento", acrescentou o pai.

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Além de gostar de palestrar, Nicolas foi premiado pelo trabalho com fotografia, na exposição ArtBrazil, nos Estados Unidos, e publicou outros dois livros. Hoje, com 19 anos, Nicolas reforça uma cativante mensagem: "Nem todo ser humano é autista, mas todo autista é ser humano".


Para comparecer no evento, os colaboradores pedem uma contribuição voluntária de 1kg de alimento, ou 1 kg de ração ou um agasalho. A palestra conta com o apoio da Amaaar , Santa Alice e Centro Especializado do Desenvolvimento Infantil.

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EQUOTERAPIA

O evento é destinado para os familiares que tem um diagnóstico de TEA na família, para profissionais da área de educação e da saúde, mas é aberto para o público em geral. "É muito importante ouvir essa palestra e toda a informação que a família está trazendo para a nossa cidade. O progresso do Nicolas e de outros autistas acontece graças a todas intervenções e ao incentivo dos pais. Essa palestra é muito importante para todas as pessoas que se relacionam com os autistas", explica a presidente da Amaaar (Grupo de Mães e Amigos dos Autistas de Arapongas), Heloísa Hollandini.


Segundo ela, o projeto Amaaar ainda deve colher assinaturas durante o evento para um abaixo-assinado que reivindica equoterapia para o desenvolvimento de crianças com autismo em Arapongas. A lei municipal que obriga o município a atender as pessoas que necessitam de equoterapia foi sancionada pelo Executivo em 2017, mas não foi implementada pela Prefeitura. Além dos autistas, a equoterapia é importante para atendimentos de pessoas com outras deficiências e a recuperação de vítimas de acidentes.

(*Sob supervisão do editor on-line, Rafael Fantin)


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