Dois dos maiores hospitais de Curitiba que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão com problemas para o atendimento de casos de urgência e emergência nesta sexta-feira (11). O Hospital Cajuru, com lotação, e o Hospital Evangélico, com problemas de falta de pagamentos para funcionários, restringiram parte do atendimento, em especial no recebimento de pacientes de ambulâncias do Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
A direção do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba, mantém suspensa desde as 19 horas de quinta-feira (10) o atendimento de pacientes com casos de urgência e emergência trazidos por ambulâncias do Siate e do Samu. A suspensão ocorre por causa de superlotação no hospital.
Segundo a assessoria de imprensa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), da qual o Hospital Cajuru faz parte, o centro médico estava, até a noite de ontem, operando com o triplo da capacidade, fato que motivou a suspensão do atendimento de casos trazidos pelas ambulâncias. O excesso de atendimentos permaneceu dessa forma na manhã e tarde desta sexta-feira (11). Não há razões específicas para a lotação.
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Ainda de acordo com a assessoria, o Siate e Samu já foram informados sobre esta decisão e são orientados para que redirecionem o atendimento a outros hospitais. Mesmo assim, caso haja problemas nos demais hospitais públicos de Curitiba e Região e as ambulâncias retornem ao Cajuru, segundo a assessoria, os pacientes serão atendidos.
A restrição, informa a assessoria, é válida apenas para as ambulâncias do Siate e Samu. Outras ambulâncias e pacientes que cheguem trazidos por terceiros serão atendidos normalmente nos setores de urgência e emergência. A diretoria do Hospital Cajuru não tem previsão para retomar o atendimento de pacientes das ambulâncias.
Evangélico - com problemas de atraso no pagamento de funcionários, o Hospital Evangélico também restringe o atendimento de casos trazidos por ambulâncias do Siate e do Samu. Segundo a assessoria do hospital, os médicos têm priorizado o atendimento aos casos de emergência, considerados mais graves.
Ainda de acordo com a assessoria, vários funcionários faltaram nesta sexta-feira em protesto por causa da falta de pagamentos. O Hospital Evangélico faz 95% dos atendimentos de casos encaminhados pelo SUS e depende de verba da prefeitura de Curitiba para regularizar os pagamentos dos funcionários. São, ao todo, R$ 9 milhões esperados, segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde e de Curitiba (Sindesc).
A direção do hospital acredita que a situação do atendimento possa ser normalizada ainda nesta sexta-feira. Uma reunião entre a diretoria do Evangélico e o secretário Municipal de Saúde, Adriano Massuda, foi realizada na quinta-feira (10) para tratar do caso. (atualizado às 17h21).