Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Recomeço

Idoso tem reversão de sintomas do Alzheimer com óleo de cannabis no Paraná

Micaela Orikasa - Grupo Folha
25 set 2022 às 17:45

Compartilhar notícia

- Arquivo pessoal
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

“Sou outra pessoa agora e todo mundo tem percebido isso. Meu dia a dia mudou em tudo. Eu me esquecia de coisas básicas, saía de casa para ir a um lugar e parava em outro totalmente diferente. Agora não, eu vou e volto, durmo bem, acordo mais disposto e faço meu chimarrão”.  


A mudança na rotina que o agricultor Delci Ruver, 78, vem experimentando nos últimos anos é como um recomeço de vida para ele e para a esposa Maria Ruth Gayer Ruver, 77. Eles moram em uma área rural de Planalto, no Sudoeste do Paraná, e relatam o quanto Ruver foi demandando uma atenção especial após o diagnóstico da doença de Alzheimer.  

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


“Era complicado deixá-lo sozinho. Passei a dormir só depois que ele se deitava por medo de ele esquecer o fogão ligado ou sair de casa. Ele esquecia a porteira aberta e não podia mais ficar perto do açude pelo risco de algum acidente. Agora ele já percebe detalhes importantes e dá para levarmos uma vida mais tranquila”, comenta a companheira.

Leia mais:

Imagem de destaque
Ministro da comunicação

Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia

Imagem de destaque
Balanço semanal

Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná

Imagem de destaque
Emergência

Lula evoluiu bem à cirurgia, está estável e conversa normalmente, dizem médicos

Imagem de destaque
Drenagem de emergência

'Presidente encontra-se bem', diz boletim médico após cirurgia de Lula


Com essa retomada da qualidade de vida, a história de Ruver se tornou conhecida recentemente pelo fato de ele ter participado de um estudo pioneiro no Brasil sobre o uso de óleo da cannabis em pessoas com Alzheimer. 

Publicidade


Diferente de outras pesquisas que vêm sendo conduzidas em todo o País, o estudo da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), em Foz do Iguaçu (Oeste), avalia os efeitos do uso diário de um extrato composto por THC (Tetrahidrocanabinol) e CBD (Canabidiol). 


Para ter acesso aos extratos da cannabis, os pesquisadores contam com a Abrace (Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança), organização sem fins lucrativos, conhecida como a primeira instituição do Brasil autorizada pela Justiça a cultivar a maconha para fins medicinais.

Publicidade


HUMOR E MEMÓRIA


Os resultados após 22 meses de acompanhamento mostraram que Ruver teve uma reversão dos sintomas com melhoras no humor, sono e memória, além da doença se manter estável. “A doença de Alzheimer evolui muito rápido. Em aproximadamente cinco anos após o diagnóstico, o paciente tem perda cognitiva significativa. Esse é um dado importante porque nenhum medicamento convencional disponível hoje é capaz de barrar a progressão da doença, além do fato de não promover uma recuperação da autonomia como observamos nesse paciente”, diz a farmacêutica Ana Carolina Ruver Martins. 

Publicidade


Ela é neta de Ruver e iniciou os estudos com canabinoides (compostos derivados da cannabis) em pacientes com doença de Parkinson. “Mas diante da progressão rápida da doença no meu avô, me juntei a outros pesquisadores e ao neurologista Elton Gomes da Silva para montar um protocolo de pesquisa com o objetivo de avaliar os efeitos do tratamento para pessoas com Alzheimer”, comenta.


Os estudos começaram no final de 2017, quando Ruver já apresentava o grau moderado de Alzheimer. Ele passou a fazer uso diário de 500 microgramas de extrato da cannabis, preparada com uma maior concentração de THC. Hoje, ele segue utilizando as gotas do composto todos os dias antes de dormir.  


“O THC é muito conhecido pelos efeitos psicoativos, porém é uma substância que tem valor terapêutico para várias doenças; já o CBD é o composto mais conhecido dentro da área farmacêutica, principalmente pelo efeito antiepilético e também antidepressivos. Quando combinadas essas substâncias, observamos que têm efeitos neuroprotetores”, afirma a farmacêutica.  


LEIA A REPORTAGEM COMPLETA DE MICAELA ORIKASA NA FOLHA DE LONDRINA

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo