Pelo menos 2,5 mil pessoas de toda a região fazem tratamento contra glaucoma no Hospital de Olhos de Londrina. A unidade recebia, até setembro, cerca de R$ 150 mil por mês para fazer a compra dos oito colírios utilizados no tratamento.
Após a publicação de uma portaria, por parte do Ministério da Saúde, os recursos enviados foram reduzidos para R$ 50 mil. O diretor da instituição, Nobuaqui Hasegawa, disse que, futuramente, a escassez de recursos pode prejudicar no oferecimento de atendimento para os pacientes.
Atualmente, não há o registro de prejuízos por que o hospital fez economias e começou, também, a substituir os medicamentos, utilizados normalmente, por produtos genéricos. "Todo mundo está sendo atendido ainda, mas estamos preocupados", destacou Hasegawa.
Leia mais:
Hemepar faz alerta para doação de sangue antes das festas de fim de ano
Ministério da Saúde amplia de 22 para 194 serviços voltados à população trans no SUS
Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde negou que a portaria nº 612, publicada no dia 29 do mês passado, prevê o corte de verbas para o tratamento contra o glaucoma em todo o país. O que passou por mudanças, segundo a assessoria, é o "modelo de ressarcimento do Sistema Único de Saúde (SUS), que antes era feito trimestralmente e, agora, passou a ser feito por mês".
O Ministério da Saúde informou sobre outra portaria, nº 671, publicada no dia 30 de setembro, que dá pelo menos dois meses de prazo para que os municípios, que oferecem tratamento contra o glaucoma, se adequem às mudanças. A assessoria de imprensa comunicou ainda que a União vai entrar em contato com o Hospital de Olhos de Londrina, para tentar esclarecer o porquê do registro da diminuição da verba.