O caso da bebê Isabelly Vitória Pardim de Deus Melo, de um ano e quatro meses, ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (27). Depois de batalhas judiciais e muita espera, o marca-passo diafragmático, obtido pela família da menina por meio da Justiça, foi enviado à Argentina.
O Governo do Estado protocolou petição junto à 2ª Vara da Infância e da Juventude de Curitiba, na qual comunica o erro no transporte e solicita mais 10 dias para cumprimento da intimação. Segundo o documento assinado pela Procuradora do Estado, Claudia Picolo, a empresa Micromedical, única fornecedora do aparelho no País, informou que a empresa de transporte cometeu um erro na expedição.
O aparelho, que deveria ir para São Paulo e, posteriormente, a Curitiba, foi enviado a Buenos Aires. "Em virtude disso, foi requerida a imediata devolução ao Brasil", diz o ofício.
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A empresa contratada disse que ainda não identificou as razões pelas quais o destino foi trocado. "Entramos em contato com o agente de transporte para que o produto seja devolvido ao Brasil com máxima urgência", diz o e-mail enviado pela Micromedical à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), anexado à petição judicial.
A expectativa era receber o marca-passo na última segunda-feira (26). Com mais um impasse, a entrega deve ser feita até dia 5 de fevereiro. Enquanto isso, a menina continua internada no Hospital das Clínicas (HC), em Curitiba, e respira com a ajuda de aparelhos. A Justiça ainda não se pronunciou sobre o caso.
Relembre
A menina Isabelly Vitória, nasceu em Rolândia, região metropolitana de Londrina, com lesão em um dos pulmões. Em dezembro de 2013, ela foi internada no Hospital Infantil de Londrina com imunodeficiência grave. Em junho de 2014, uma decisão judicial possibilitou transferência ao Hospital das Clínicas (HC). Atualmente, ela se recupera de um transplante de medula óssea.
O imbróglio em relação ao marca-passo para Isabelly Vitória já dura meses. Em novembro do ano passado, a Justiça determinou a compra do equipamento, que custa mais de R$ 500 mil, pelo Governo do Paraná. Em dezembro, no entanto, o aparelho foi entregue a outra criança, sob a justificativa de que Isabelly não apresentava condições clínicas para passar pela cirurgia de implantação.