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Moradora do Jardim Higienópolis já encontrou mais de 20 escorpiões em casa

Fernanda Circhia - Redação Bonde
15 set 2017 às 19:56

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- Shutterstock
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Uma moradora do Jardim Higienópolis, na região central de Londrina, encontrou mais de 20 escorpiões em casa desde o final do mês de maio deste ano.

Em entrevista à reportagem do Portal Bonde, Cassia Lugle contou que está muito brava e preocupada com a situação. Afinal, ela tem uma filha de 3 anos e mais de 20 escorpiões já apareceram em sua casa. E o que a deixa mais assustada, é que são os escorpiões amarelos que mais aparecem. Esta espécie é uma das mais perigosas da região. Além disso, Lugle afirma que sua casa foi dedetizada e não há entulhos no quintal.

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"Nós já achamos quatro escorpiões dentro de casa, sendo três no banheiro e um na cozinha. Os que achamos no banheiro, acreditamos que tenham vindo pelo esgoto. Já o da cozinha entrou por debaixo da porta, mas hoje já vedamos todas as portas de casa para evitar que eles entrem. Os demais foram encontrados no quintal. E todos apareceram mesmo com a casa dedetizada e limpa desde quando o clima estava frio", ressalta a moradora.

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Lugle conta que no final de maio acionou a Vigilância Sanitária. "Eu liguei lá num dia que eu havia encontrado quatro escorpiões amarelos em casa. Eles vieram depois de quatro dias e levaram os bichos para análise. Além disso, disseram que era culpa do cemitério João XXIII, que apesar de não ser tão próximo de minha casa, estaria infestado. Depois de alguns dias, precisei acionar a vigilância novamente, mas neste dia fui multo maltratada e disseram que o problema era meu. A única coisa que fizeram foi buscar os animais que eu mesma capturei. Eu ainda perguntei se eles não iriam orientar a vizinhança e se fariam algo a respeito em relação à infestação no cemitério, mas disseram que não fariam nada, apenas a dedetização no cemitério, mas mesmo assim, os bichos não pararam de aparecer."

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Apareceram tantos escorpiões que a moradora e seu marido começaram a pesquisar sobre venenos que poderiam matar os bichos. "Começamos a ligar em tudo quanto é empresa de dedetização e encontramos um rapaz que disse que havia um veneno muito bom para matar o bicho. Faz um mês que passamos o veneno em casa e os últimos escorpiões que vimos já estavam mortos. Estamos começando a ficar aliviados, afinal temos uma filha pequena e meu marido é músico e recebe alunos aqui em casa também. Eu fico com medo de alguma criança levar uma picada", ressalta.


No entanto, segundo o diretor de vigilância em saúde da 17ª RS, José Carlos Moraes, o escorpião é um aracnídeo, por isso, "o veneno muito dificilmente mata o escorpião. O ideal seria matar com uma lâmina ou esmagamento, que pode ser com uma pá, enxada ou pedaço de tijolo. Queimar nunca é uma boa ideia, pois pode gerar outros riscos desnecessários", ensina Moraes.

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Outros locais


A moradora do Jardim Higienópolis também contou à reportagem sobre uma moça que achou mais de 60 escorpiões no Jardim Bandeirantes, na zona oeste da cidade. "A moça também tem filho pequeno e já achou escorpiões dentro do guarda-roupa e no meio dos brinquedos. Ela mal consegue dormir de tanta preocupação."

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"Eu fico muito brava, na minha opinião, falta treinamento das equipes de saúde. Ficam todos preocupados com a Dengue, mas os escorpiões podem matar crianças menores de 10 anos. Eles acabam focando muito em uma coisa e esquecem de outras tão importantes quanto. Eles deveriam estar pesquisando novos remédios, novas soluções, novos venenos."


Outras duas mulheres também encontraram escorpiões em suas casas. Uma encontrou um escorpião na zona sul e outra na zona oeste da cidade. As duas também têm filhos pequenos e estão muito preocupadas com o aparecimento desses animais.

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A moradora de um condomínio na zona sul, que preferiu não ser identificada, tem duas crianças, uma tem 1 ano e 2 meses e o mais velho vai fazer 4 anos no próximo mês.


"Em minha casa a gente não tem entulhos, na verdade, tenho poucas coisas no quintal. E pra minha surpresa, minha secretária estava fazendo a limpeza, foi limpar embaixo da geladeira, passou a vassoura e trouxe o escorpião. Ela pisou, recolheu e eu tenho ele aqui. Já acionei a vigilância, mas ainda não vieram recolher. Ele é preto e bem pessonhento. Assusta a gente, né?."

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Além disso, ela constantemente aplica produtos de dedetização e toma muito cuidado com sujeiras e coisas que possam atrapalhar no desenvolvimento de seus filhos. "E pelo que eu li, e pelo pouco que vi, esse bicho gosta de entulhos e lugares úmidos. Embaixo do deck no quintal, é úmido, mas não tem outros bichos. Eu acredito que ele tenha vindo de outro lugar, mas causa bastante preocupação, principalmente para nós mães de crianças pequenas. Só na rua que eu moro tem 17 crianças, e alguns tem menos de 10 anos."


"Eu fiquei bastante assustada, até pensei que pudesse ser alguma negligência minha, mas eu fui estudar e vi que não foi negligência minha, é um problema urbano. Deve ter vindo em alguma caixa de vinho ou alguma coisa do supermercado. Conversei com algumas pessoas da vigilância e me disseram que em alguns armazéns têm muitos escorpiões."

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Pamela Martins mora no Jardim Colinas, perto do Jardim Columbia D, na zona oeste. Ela também tem uma filha pequena, de apenas 1 ano, e na quinta-feira (14) à tarde, encontrou um escorpião no banheiro. "Encontrei ele no banheiro, primeiro achei que fosse formiga, nem dei importância. Depois meu esposo entrou no banheiro, viu o bicho e colocou ele no papel, mas parece que já estava morto. Mas mesmo assim ficamos muito assustados, foi a primeira vez que achamos escorpião em casa. Dormimos com medo."


Pamela Martins
Pamela Martins


Prevenção


De acordo com o diretor de vigilância em saúde da 17ª RS, esta época do ano, quando o clima começa a esquentar, é a mais propícia para o aparecimento de escorpiões. "É preciso evitar que ele apareça. Geralmente, os escorpiões ficam em locais quentes e úmidos que tenham madeira, telha ou outros objetos amontoados, que são ambientes de vegetação densa terrenos abandonados. O clima mais quente aumenta a atividades deles, além disso, é a época na qual eles se alimentam e se reproduzem", explica.


Segundo Tania Portella, chefe da divisão de zoonoses e intoxicações da Sesa, a pessoa que encontrar o animal, pode eliminá-lo sem problemas. "Além disso, é importante usar sempre equipamentos de proteção individual, como luvas e botas, antes de limpar algum local, mexer com madeira, materiais de construção e outros objetos."


Portella também ressalta a importância de desencostar berços e camas das paredes e sempre verificar se há a presença desses bichos em sapatos, roupas de cama, roupas, sacolas e caixas.


O que fazer em caso de acidentes?


Caso você seja picado, procure lavar o local com água e sabão e procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. De acordo com Moraes, o médico vai realizar o tratamento com base nos sintomas apresentados. "Caso o médico achar necessário, ele pode encaminhar a pessoa para o Centro de Controle de Intoxicações no Hospital Universitário (HU) de Londrina."


Portella afirma que é importante coletar o animal ou tirar foto e encaminhar para a Vigilância Sanitária do município. "Se puder levar uma foto ou a maior quantidade de características sobre o animal, é interessante para ajudar os profissionais de saúde a diagnosticarem com maior precisão sobre o tipo de veneno, em relação a espécie."


Segundo a chefe de divisão de zoonoses e intoxicações, a maioria dos casos tem cura sem sequela. No entanto, é preciso tomar cuidado com crianças menores de 10 anos, em relação ao escorpião da espécie serrulatus, mais conhecido como escorpião amarelo. "Nós temos um centro de controle de envenenamento do Paraná que é importantíssimo que a população e os profissionais de saúde tenham esse número [0800 41 0148], para tirar dúvidas em relação a diagnósticos, além de outros pontos sobre os ataques desses animais."


Além deste centro, em Londrina também há um local, o Centro de Informações Toxicológicas (CIT), que é vinculado a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e funciona da mesma forma. O telefone é (43) 3371-2244 e o atendimento é 24h.

A Sesa disponibiliza um material completo em relação aos ataques de escorpião e prevenções. Acesse aqui!


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