Um estudo realizado na Grã-Bretanha comprovou que uma vacina aplicada em vítimas de ataque cardíaco pode reduzir em até 60% as inflamações do tecido cardíaco e os danos sobre as células do cérebro que se seguem a um infarto.
Os ataques são causados pela interrupção do fluxo sangüíneo através de um coágulo ou sangramento que priva partes do corpo de oxigênio.
A maior parte dos danos a longo prazo ocorre quando a circulação se inicia novamente - e as próprias defesas do organismo atacam as células privadas de oxigênio.
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Esse efeito, que ocorre normalmente entre nove e 12 horas após um ataque cardíaco ou derrame, causa inflamação de grandes proporções e provoca mais de 80% dos danos permanentes sofridos.
É isso que muitas vezes leva à morte ou à redução considerável da qualidade de vida das vítimas de ataques cardíacos e derrames.
Anticorpo
Mas após uma pesquisa de sete anos, cientistas da Universidade de Leicester contam ter desenvolvido um anticorpo capaz de impedir o corpo de atacar as células privadas de oxigênio. Com isso, as células passam a ser oxigenadas normalmente e, assim, os danos permanentes são reduzidos de forma significativa.
O primeiro passo foi identificar a enzima que tem um papel chave no processo de prejudicar a imunidade do coração. Após tê-la identificado, eles desenvolveram um anticorpo para neutralizá-la.
A proteína seria tão eficaz que apenas duas injeções foram capazes de neutralizar a enzima, enquanto o coração se cura.
Foram realizados testes com ratos de laboratórios e mamíferos mais desenvolvidos e o anticorpo também se mostrou eficaz em testes feitos com sangue humano.
Testes da vacina com seres humanos devem começar dentro de dois anos.