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Coronavírus

Número de internações em UTI por Covid em SP é 15% maior do que no pior mês de 2020

Thiago Amâncio - Folhapress
02 mar 2021 às 08:36
- Pixabay
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Os números de mortes e internações em São Paulo indicam que o estado passa pelo pior momento da pandemia de Covid-19, apesar do avanço da vacinação.

O número de internações em UTI pela doença na última semana foi 14,7% maior do que na semana mais grave da pandemia em 2020, em julho, segundo dados apresentados pelo governo João Doria (PSDB) nesta segunda-feira (1º).

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Em relação à semana passada, o número de novos casos está 9,7% maior, e de novas internações, 18,3%.
Com essa piora, o governo deve reativar hospitais de campanha (temporários), que devem ter focar leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e ser instalados em unidades de saúde já existentes, em um formato diferente do usado no ano passado. O anúncio oficial será feito na quarta-feira (3).

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Segundo o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, "a pandemia retornou com uma velocidade e uma característica clínica diferente daquela que nós observamos na primeira onda".

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Se no ano passado mais de 80% dos pacientes internados eram idosos e pessoas com doenças associadas, hoje cerca de 60% têm entre 30 e 50 anos, muitos sem doenças prévias. "São pessoas que se sentem à vontade para sair, achando que vão perder apenas o olfato e o paladar, mas podem acabar perdendo a vida", afirmou.
Além da diferença de idade, as internações têm sido mais prolongadas. No ano passado, as internações em UTI correspondiam a 40% do total, e as internações em enfermarias eram 60%. Hoje esse número se inverteu: 60% em UTIs e 40% em enfermarias.


De acordo com Paulo Menezes, do centro de contingência da doença, o governo estuda criar uma fase ainda mais restritiva do que a fase vermelha do Plano São Paulo, onde só podem funcionar serviços essenciais. No sábado (28), Menezes havia falado em criar uma "fase roxa".

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João Gabbardo, também do centro de contingência, afirmou que gestores de saúde do país estão enviando uma carta ao Ministério da Saúde pedindo uma coordenação dos esforços de combate à doença.


"O país inteiro está colapsando. Todos os estados. Não é mais possível que as medidas fiquem na responsabilidade apenas dos gestores estaduais, dos governadores e dos prefeitos. É impossível que a gente continue o enfrentamento dessa pandemia sem ter uma unificação de conduta", afirmou, dizendo que governadores não podem tomar medidas como fechamento de espaço aéreo, o que deveria ficar a cargo do governo federal.

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VACINAÇÃO


O Instituto Butantan, responsável pela produção no país da Coronavac, principal vacina contra a Covid-19 em aplicação no Brasil, conseguiu adiantar a produção do imunizante e deve concluir até o fim de abril a entrega de 46 milhões de doses contratadas inicialmente pelo Ministério da Saúde. Outros 54 milhões de doses devem ser entregues até o fim de agosto, e não setembro, como previsto anteriormente.

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Ainda neste mês de março serão mais 21 milhões de doses, 17% a mais que o previsto anteriormente, segundo o governo Doria.


Na próxima quinta-feira (4), chegam da China mais 8.000 litros de insumos suficientes para fabricar 14 milhões de doses de vacinas para todo o país.

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Até a última segunda (1º), 2.425.366 doses da vacina foram aplicadas no estado, 1.894.103 em primeira dose e 531.263 em segunda aplicação.


O governador João Doria exaltou o começo da vacinação de pessoas com mais de 80 anos no sábado (27) e afirmou que ela ocorreu "sem filas prolongadas, de forma eficiente e respeitosa em relação as pessoas" dessa faixa etária.

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Reportagem do jornal Folha de S.Paulo, no entanto, mostrou filas de mais de cinco horas no drive-thru do estádio do Pacaembu, na capital.


Doria orientou que as famílias procurem outros locais de vacinação, como o Clube Hebraica e o Allianz Parque, que façam o pré-cadastro no site Vacina Já (não obrigatório, mas incentivado para agilizar o atendimento e ajudar o estado a se organizar) e que evitem a concentração no começo da manhã, período de maiores filas.


LEITOS E SERINGAS

O governo paulista também comemorou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de obrigar o Ministério da Saúde a voltar a bancar leitos de UTI nos estados. Em São Paulo, havia 5.112 leitos específicos para a Covid bancados pelo governo federal que haviam sido cancelados.


"Que tristeza termos que recorrer à Justiça para termos leitos de UTI pra salvar vidas. Isso já deveria fazer parte de uma coordenação nacional, independentemente de solicitação e muito menos de recursos judiciais", afirmou Doria.

O governador disse que deve judicializar também os gastos com seringas e agulhas, que têm sido bancadas pelo estado.


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