A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu hoje (25) que foi lenta para responder à epidemia do ebola e que isso deve servir de lição para o futuro.
Na abertura da reunião de emergência para reestruturação do combate à doença, a diretora da OMS, Margaret Chan, estimou que, apesar de uma pausa na evolução da epidemia, não há "espaço para complacência". Acrescentou que o progresso contra a doença pode ser rapidamente perdido.
Reafirmando que a OMS foi lenta no controle da epidemia, ela apelou para uma maior mobilização da organização.
Leia mais:
Hemepar faz alerta para doação de sangue antes das festas de fim de ano
Ministério da Saúde amplia de 22 para 194 serviços voltados à população trans no SUS
Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
"A África Ocidental foi confrontada com sua primeira experiência do vírus. O mundo e a OMS têm sido lentos para observar o que estava ocorrendo à nossa frente", afirmou Margaret Chan aos delegados da organização, que participam da terceira reunião urgente da história da entidade.
"A tragédia do ebola ensinou o mundo inteiro, incluindo a OMS, a prevenir-se contra a situação no futuro", salientou, afirmando que "o mundo imprevisível dos micróbios reserva surpresas".
Para a diretora, "o mundo não deverá ser apanhado de surpresa". Ela também pediu maior vigilância mundial sobre a doença e mais recursos financeiros para combater o ebola.
Depois de detetado, em dezembro de 2013, mais de nove mil pessoas morreram por causa da doença. A maioria dos casos ocorreu na Libéria, Guiné e em Serra Leoa.