O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira, 29, que pode ampliar a parceria com Cuba para trazer médicos ao Brasil, caso não consiga o número suficiente de inscritos para bater a meta de distribuição de 13 mil profissionais pelo País até março de 2014. Até dezembro, a expectativa é preencher 6,6 mil vagas pelo programa Mais Médicos, que nesta quinta abriu as inscrições para a sua terceira etapa a brasileiros e estrangeiros.
"Se for necessário, o Brasil vai aumentar o número de médicos que vêm da parceria com Cuba para que a gente possa atender a meta de 13 mil médicos até março de 2014", disse Padilha, ao deixar evento com empresários que compõem a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.
O Ministério da Saúde tem expectativa de que a terceira etapa de inscrições atraia mais médicos brasileiros, principalmente recém-formados no final deste ano que não irão fazer especialização. Além disso, Padilha conta com médicos estrangeiros que ainda não haviam completado a documentação e aqueles que acabam de voltar de férias do verão europeu.
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São Paulo
Na segunda etapa do programa, o Estado de São Paulo foi o maior beneficiado em número de profissionais recebidos. Padilha, cotado para a disputa eleitoral no Estado em 2014 pelo PT, reiterou nesta manhã que o Estado de São Paulo foi o que mais demandou médicos. Além disso, Padilha comentou que, proporcionalmente por número de habitantes, Estados como Bahia e Ceará, recebem mais médicos do que Estados do Sul e Sudeste.
Dados do IBGE relativos ao ano de 2011, divulgados nesta manhã, apontam que apenas a região Sudeste alcança a meta de 2,5 médicos por mil habitantes. Questionado sobre o assunto, Padilha afirmou que não é possível "pegar uma proporção total de médicos e achar que isso está distribuído em todo o Estado e que isso significa profissionais na atenção básica de saúde".
De acordo com o ministro, São Paulo demandou 2,5 mil profissionais e a meta deve ser atendida até março do próximo ano. "Até março de 2014 todo pedido de médicos de todos os Estados será atendido", afirmou. O ritmo de distribuição depende do número de pessoas que dependem apenas do Sistema Único de Saúde (SUS) e da quantidade de moradores em situação de pobreza, reiterou Padilha.