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Pesquisas apontam

Pais podem transmitir traumas aos filhos pelos genes

Redação Bonde
26 ago 2015 às 16:48

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- Reprodução/Pixabay
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Mudanças genéticas associadas aos traumas sofridos pelos sobreviventes do Holocausto podem ser transmitidas aos filhos e, possivelmente, às gerações seguintes, sugere uma recente pesquisa americana.

Uma equipe de pesquisadores do Hospital Monte Sinai, em Nova York, comparou a composição genética de um grupo de 32 homens e mulheres judeus com a composição genética de seus filhos. O grupo de estudo tinha vivido em um campo de concentração e sofrido com o regime nazista.

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Essa informação foi comparada com a de outras famílias judias que não tinham vivido na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. Os filhos das famílias que foram vítimas diretas são mais propensos a sofrer problemas ligados ao estresse.

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E "as mudanças genéticas nessas crianças só podem ser atribuídas ao fato de que seus pais foram expostos ao Holocausto", disse Rachel Yehuda, professora de psiquiatria e neurociência e líder do projeto de pesquisa.

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O estudo, segundo os autores, apresenta um exemplo claro em humanos de como a herança epigenética pode afetar os filhos e até os netos. "É a primeira prova em humanos - de que temos conhecimento - de uma marca epigenética na descendência baseada na exposição dos pais, antes da concepção", afirmou Yehuda.


Teoria polêmica
A teoria da herança epigenética é polêmica. O que é cientificamente aceito hoje é que a única forma de transmitir informação biológica entre as gerações é através do DNA. Mas, segundo essa teoria, o estilo de vida e as influências do meio ambiente - por exemplo, fumo, estresse ou a dieta - podem provocar mudanças genéticas em nossa descendência e ter um papel importante em seu desenvolvimento.


Os genes mudam pela influência do ambiente mediante uma "etiqueta química" (o epigenoma) que adere ao DNA e funciona como um interruptor: modifica a expressão dos genes, ativando-os ou silenciando-os.

Segundo estudos recentes, essas "etiquetas" poderiam ser transmitidas de alguma forma entre as gerações. E essas "etiquetas epigenéticas" foram encontradas pelos pesquisadores de Nova York na mesma proporção que um gene associado à regulação do hormônio do estresse, tanto nos sobreviventes do Holocausto como em seus filhos.
(com informações do site BBC)


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