A Secretaria da Saúde do Paraná vai solicitar ao Ministério da Saúde a antecipação da campanha de vacinação contra as influenzas no Estado e a inclusão de crianças menores de seis anos entre os grupos prioritários para receber a imunização. O objetivo é intensificar as ações preventivas para evitar surtos maiores da doença.
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, a proposta leva em conta a vulnerabilidade da região Sul em relação às síndromes respiratórias, o que requer uma atenção especial. Paz afirmou que o período de aplicação da vacina, em maio e junho, é impróprio para os estados do Sul. "Temos uma situação climática diferente e a partir de março as temperaturas começam a cair e os riscos aumentam", disse ele.
As propostas serão encaminhadas ao ministério após o término do I Seminário Paranaense sobre Síndromes Respiratórias Agudas, que está acontecendo em Curitiba nesta sexta e sábado (14 e 15). O evento é um espaço aberto para a discussão das estratégias desenvolvidas pelo governo do Paraná no enfrentamento da gripe e outras doenças respiratórias.
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"Vamos elaborar um relatório sobre a experiência paranaense, contendo uma série de propostas para serem levadas ao ministério" destaca o superintendente. Ele lembrou que desde 2011 o Paraná vem pedindo ao governo federal a ampliação do número de vacinas para atender a maior número de paranaenses
NÚMEROS DA GRIPE – Durante o seminário foram divulgados os novos números da gripe H1N1. De janeiro a setembro deste ano, 1.111 casos da doença foram confirmados laboratorialmente no Estado; 40 pessoas morreram. A maioria das mortes está relacionada à busca tardia pelo tratamento ou a alguma outra doença crônica pré-existente, como o câncer, por exemplo.
Segundo a coordenadora do Centro de Investigação e Respostas Rápidas de Vigilância em Saúde, Angela Maron de Mello, os números deste ano são maiores do que os registrados em 2011 – quando houve apenas dois casos e nenhuma morte –, mas estão bem longe do registrado durante a pandemia de 2009.