Um atendimento fora do habitual movimentou a equipe da Unidade de Pronto Atendimento Maria Angélica Castoldo, a UPA Centro-Oeste, nesta terça-feira (7). Pouco depois das dez da manhã, Michele Laiane deu entrada no atendimento com 38 semanas de gestação e sentindo fortes dores. Antes mesmo que a paciente fosse transferida para a Maternidade Municipal, a pequena Julia Marcondes Riscalli nasceu com muita saúde.
O atendimento foi conduzido pelo médico plantonista Ahmed Ali Geha, que observou logo após a avaliação inicial que a paciente já estava com bastante dilatação. "A paciente deu entrada reclamando de fortes dores, ela não é de Londrina, mas estava na cidade acompanhando o marido. Antes que pudessem voltar para sua cidade, ela precisou do atendimento médico. Assim que verifiquei que estava com nove centímetros de dilatação, acionamos o SAMU para providenciarmos a transferência para a Maternidade, mas não deu tempo", contou.
Geha, que é especialista em ginecologia e obstetrícia, preparou a sala de emergência da UPA caso o parto precisasse ser feito na unidade, e foi exatamente o que aconteceu. "Quando percebemos que não daria tempo da ambulância chegar, fiz o rompimento da bolsa e o parto ocorreu na sequência. Foi muito tranquilo, a bebê nasceu bem, saudável, e a mãe foi muito colaborativa, o que auxilia bastante", comentou.
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O plantonista citou que este não é o primeiro parto que realiza fora de maternidade ou hospitais, mas ainda assim o nervosismo acontece. "Confesso que bate sim uma preocupação, mas a bebê nasceu muito bem. Ter a menina ali mexeu com o emocional de todos, afinal é uma vida, uma coisa boa, em um ambiente onde lidamos com a dor e o sofrimento, então mudou a nossa rotina por um momento de uma forma muito positiva", explicou.
A mãe e filha foram encaminhadas para a Maternidade Municipal Lucilla Balallai, onde a bebê recebeu os primeiros cuidados com pediatra e demais atendimentos neonatais. Com 2,900 quilos e 47 centímetros, ela surpreendeu toda a família. "Acordei bem, sem nenhum mal-estar, tanto que nem trouxe roupa ou a mala de maternidade. As contrações começaram pequenas, e ainda bem que entramos na UPA, porque não daria tempo de chegar a Rolândia, onde nós planejávamos ter a bebê", comentou Michele, que é de Jaguapitã.
Sobre a experiência do parto, Michele contou que agradece por tudo ter corrido bem. "A equipe que nos atendeu na UPA foi muito querida e amorosa, improvisaram roupas para a neném, e fizeram todo o possível para a gente ficar confortável. O médico até explicou que o certo era ter a bebê na maternidade, com os equipamentos de emergência caso ela precisasse, mas realmente não deu tempo. E mesmo acontecendo desse jeito inesperado, foi muito bom. Ela está ótima, e isso é o que importa", frisou.